Os Estados Unidos renovam esforços para acabar com o conflito, afetando o mercado de petróleo
Os preços do petróleo fecharam em queda após novos planos dos EUA para a Ucrânia.
Os preços do petróleo fecharam em queda nesta quarta-feira, 11 de outubro, influenciados por reportagens que indicam que os Estados Unidos estão renovando seu esforço para acabar com a guerra da Rússia na Ucrânia. Os contratos futuros do petróleo Brent caíram US$1,38, ou 2,1%, fechando a US$63,51 por barril. Da mesma forma, os contratos futuros do petróleo West Texas Intermediate (WTI) dos EUA caíram US$1,30, ou 2,1%, para US$59,44.
Os EUA sinalizaram ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, que seu lado deve considerar um plano elaborado que pede a Kiev que abra mão de território e de algumas armas. Zelenskiy enfatizou a necessidade de uma liderança eficaz dos EUA para encerrar o conflito que já dura mais de três anos e meio. O presidente ucraniano também mencionou propostas de seu colega turco, Tayyip Erdogan, para diferentes formatos de negociação.
A possibilidade de um fim da guerra na Ucrânia pode abrir as portas para o aumento do fluxo de petróleo russo no mercado, o que gera preocupações sobre um possível excesso de oferta. Scott Shelton, especialista em energia do TP ICAP Group, alertou que, com a quantidade de petróleo disponível, os preços podem cair para cerca de US$50 por barril, já que o petróleo sancionado pela Rússia provavelmente encontrará seu caminho de volta ao mercado.
No mês passado, os EUA anunciaram novas sanções contra a Rosneft e a Lukoil, com um prazo até 21 de novembro para que essas empresas encerrem suas operações com as grandes petrolíferas russas. Essas sanções já impactaram as receitas de petróleo de Moscou e devem reduzir a quantidade que o país pode vender no longo prazo, conforme informado pelo Tesouro dos EUA. Janiv Shah, analista de petróleo da Rystad Energy, destacou que a pressão é intensa, especialmente com o prazo se aproximando e que um prêmio de risco geopolítico mais baixo poderia atrair a atenção dos investidores para os fundamentos fracos do mercado.
O vice-primeiro-ministro da Rússia, Alexander Novak, por sua vez, negou que as sanções estivessem afetando a produção de petróleo e afirmou que o país atingirá sua cota de produção da Opep+ até o final deste ano ou no início do próximo. Para ajudar a sustentar os preços do petróleo, a Administração de Informações sobre Energia dos EUA relatou uma retirada maior do que a esperada dos estoques de petróleo na semana passada, devido ao aumento na atividade das refinarias e nas exportações.
O mercado de petróleo também está enfrentando uma “fadiga de manchetes” em relação às notícias sobre a Rússia e a Ucrânia, o que indica que os preços devem permanecer em uma faixa limitada no curto prazo, enquanto os comerciantes aguardam acordos concretos para encerrar a guerra. Ed Hayden-Briffett, analista de petróleo do Onyx Capital Group, observou que a falta de novidades significativas pode manter os preços estabilizados por um tempo.
Fonte: www.moneytimes.com.br
