Preocupação da CNI com o populismo excessivo em ano eleitoral

Iano Andrade / CNI

Indústria manifesta receios sobre medidas populistas que podem afetar a economia

CNI expressa preocupação com o aumento do populismo em ano eleitoral e seus impactos na economia.

CNI alerta sobre o populismo excessivo e seus efeitos

Na coletiva realizada em 10 de dezembro de 2025, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, expressou preocupações significativas em relação ao crescimento do populismo em ano eleitoral. Alban argumentou que a instabilidade política e decisões populistas podem afetar negativamente as perspectivas econômicas do país.

Ele ressaltou que, em um ano eleitoral, há uma tendência de medidas que, embora possam parecer atraentes para a população, podem comprometer o crescimento econômico a longo prazo. “O que importa é o compromisso com um Brasil sustentável, independente de tendências de esquerda ou direita. Precisamos focar na política industrial de Estado, não de governo”, afirmou Alban.

Questões eleitorais e a jornada de trabalho

Durante a coletiva, Alban também foi questionado sobre a candidatura do senador Flávio Bolsonaro à presidência. Ele preferiu não comentar, reafirmando que a CNI não deve tomar posição partidária. Em relação à jornada 6×1, um tema que está ganhando atenção no cenário político, Alban opinou que esse não é o momento para discutir a questão.

O presidente da CNI enfatizou que o debate sobre a jornada de trabalho deve ser adiado até que o país esteja em uma situação mais favorável em termos de mão de obra. “A qualidade e a adequação da força de trabalho são fundamentais para que qualquer mudança na jornada seja viável”, explicou.

Comparações internacionais e responsabilidades fiscais

Alban comparou a situação do Brasil com a da França, que enfrenta desafios de competitividade na Europa devido a políticas sociais agresivas. Ele destacou que, sem um programa de responsabilidade fiscal, qualquer discussão sobre a jornada 6×1 nas próximas eleições pode ser prematura. “Debater essa questão agora acarretaria custos que não podemos ignorar”, alertou Alban.

O presidente da CNI finalizou a coletiva reiterando a importância de uma estratégia coerente para a indústria brasileira, para que as medidas não sejam apenas reativas às demandas eleitorais, mas sim estratégicas para o futuro do país. A CNI prevê que, com uma inflação em queda, a taxa de juros pode ser reduzida, o que pode ajudar no crescimento do PIB, estimado em 1,8% para 2025.

A preocupação com as questões eleitorais e os desafios da economia brasileira permanecem em destaque, especialmente em um ano que promete ser decisivo para o futuro político e econômico do país.

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