Presidente Afastado do Sindimoc Barrado em Eleição em Meio a Investigação de Desvio

O presidente afastado do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), Anderson Teixeira, foi impedido de participar da assembleia que elegeu a nova diretoria da entidade, realizada em São José dos Pinhais. O evento ocorre em meio a investigações sobre o desvio de aproximadamente R$ 600 mil dos cofres do sindicato.

Teixeira, já afastado do cargo devido às suspeitas de envolvimento nos desvios, chegou à sede do sindicato, mas foi barrado na portaria por associados. A Polícia Militar foi acionada e compareceu ao local para evitar conflitos.

Apenas associados com cadastro regular foram autorizados a entrar na chácara onde a assembleia foi realizada. Durante o tumulto, Teixeira questionou o motivo de seu impedimento, afirmando ser sócio do sindicato e estar em dia com suas mensalidades.

A assembleia reuniu cerca de 80 associados com o objetivo de eleger a nova diretoria e definir medidas administrativas internas. No encontro, Anderson Teixeira e outros dois diretores foram afastados definitivamente do comando do sindicato, somando-se ao afastamento judicial já em vigor. Rogério Campos foi mantido na diretoria, e Ricardo Sales foi eleito o novo presidente.

Sales explicou que o afastamento temporário de diretores foi uma medida administrativa para permitir a realização de auditoria e análise de contratos e movimentações suspeitas. Ele mencionou possíveis irregularidades como adiantamentos, contratos sem assinaturas corretas e “notas de valores exorbitantes”.

O afastamento de Teixeira coincide com investigações do Ministério Público do Paraná, que apura desvios e determinou o bloqueio de bens, incluindo uma chácara em Mandirituba, que teria sido adquirida em 2011 por valores abaixo do preço de mercado e parcialmente paga com transferências bancárias do sindicato. A chácara é atualmente avaliada em R$ 7 milhões.

Teixeira afirmou que pretende recorrer judicialmente contra a decisão do sindicato e que continuará como sócio, alegando ter sido cerceado de seu direito de entrada.

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