Gustavo Petro se posiciona contra ações militares dos EUA no Caribe e defende direitos humanos
Gustavo Petro critica a militarização dos EUA e os ataques a barcos, chamando Trump de 'barbaro'.
Presidente colombiano critica a militarização dos EUA no Caribe
Gustavo Petro, presidente da Colômbia, se manifestou fortemente contra os ataques a barcos realizados pelos Estados Unidos, que ele considera uma violação dos direitos humanos e uma agressão à América Latina. Em uma recente entrevista, Petro descreveu Donald Trump como um “barbaro” que busca aterrorizar a região, revelando tensões crescentes entre os dois líderes.
O presidente colombiano afirmou que a inteligência deve servir para proteger vidas, e não para promover mortes. Ele declarou: “Inteligência não é para matar”, referindo-se à decisão de suspender o compartilhamento de informações com os EUA, em resposta aos ataques a barcos que, segundo alegações, estão transportando drogas.
A escalada das tensões entre Trump e Petro
Petro enfatizou que o aumento das ações militares dos EUA no Caribe, que resultaram em pelo menos 19 ataques, é injustificável. Ele criticou Trump por não fornecer evidências concretas sobre as alegações de que os barcos são operados por organizações terroristas. Enquanto Trump justifica os ataques como parte de um “conflito armado” contra os cartéis de drogas, Petro questionou as motivações e a legalidade dessas operações.
O presidente colombiano também refutou as acusações de Trump, que o chamou de “líder de drogas ilegal”. Petro argumentou que os ataques não atingem os verdadeiros traficantes, mas sim os pobres que operam os barcos, frequentemente forçados por circunstâncias econômicas a trabalhar para os cartéis.
Repercussões internacionais das ações dos EUA
A situação se complicou ainda mais com a decisão do Reino Unido de interromper o compartilhamento de inteligência devido a preocupações sobre a legalidade dos ataques. Outros líderes internacionais também começaram a expressar sua preocupação, com o ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Noel Barrot, afirmando que as ações dos EUA violam a lei internacional.
Petro se posicionou claramente contra a militarização da região, alertando que o medo não deve ser confundido com a realidade. Ele expressou que a verdadeira análise da questão das drogas na Colômbia está sendo distorcida, sugerindo que Trump está sendo mal assessorado.
O futuro das relações EUA-Colômbia
As tensões entre os Estados Unidos e a Colômbia podem ter implicações duradouras na política regional. Enquanto Petro se recusa a apoiar abertamente o regime de Nicolás Maduro na Venezuela, ele destacou que a liderança na região está em crise. A dinâmica entre os dois países, agora marcada por desconfiança e acusações mútuas, poderá moldar o futuro da cooperação em questões de segurança e combate ao narcotráfico.
Com a suspensão do compartilhamento de informações, o presidente colombiano sinaliza uma nova era nas relações entre Colômbia e Estados Unidos, com a possibilidade de uma reavaliação das prioridades em meio a um cenário de crescente antagonismo.
Petro concluiu sua declaração afirmando que, embora Trump seja um “barbaro”, todos têm a capacidade de mudar. Essa visão, embora esperançosa, contrasta com a realidade tensa que define atualmente as interações entre os dois líderes.
Fonte: www.nbcnews.com
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