Discussão acirrada marca sessão do tribunal após declaração polêmica
A presidente do STM, Maria Elizabeth, responde a críticas do ministro Carlos Amaral em sessão acalorada.
Em 04 de novembro de 2025, durante uma sessão do Superior Tribunal Militar (STM), em Brasília, a presidente da Corte, Maria Elizabeth Rocha, fez declarações contundentes após o ministro Carlos Amaral criticá-la. O debate surgiu após Amaral sugerir que a presidente deveria “estudar mais a história” em resposta ao seu pedido de perdão às vítimas da ditadura militar. Maria Elizabeth, em um pronunciamento, chamou o comentário de seu colega de “misógino” e reafirmou sua posição sobre a importância da memória histórica.
Conflito em sessão do STM
Na sessão, Maria Elizabeth reiterou seu pedido de perdão a todas as vítimas de violação de direitos humanos, enfatizando que sua fala foi um gesto ético e constitucionalmente alinhado com a memória do país. Amaral, por outro lado, expressou sua discordância em relação ao pedido de perdão e afirmou que não havia autorizado a presidente a falar em seu nome. As trocas de acusações se intensificaram, com Maria Elizabeth defendendo sua posição e destacando que a divergência de opiniões é legítima, mas que não deveriam ser acompanhadas de ataques pessoais.
A importância da memória histórica
A presidente do STM é a primeira mulher a assumir o cargo e, em um ato em memória a Vladimir Herzog, enfatizou a necessidade de não permitir o retorno da ditadura. Durante seu discurso, ela declarou: “Estou presente neste ato ecumênico de 2025 para pedir perdão a todos que tombaram, que sofreram, lutando pela liberdade do Brasil”. O clima tenso entre os ministros evidencia as divisões que ainda permeiam o tribunal, especialmente em questões sensíveis relacionadas ao passado do país.
Próximos desdobramentos
A discussão no STM levanta questões sobre o papel e a responsabilidade do tribunal em relação ao seu próprio passado durante a ditadura. O debate interno sugerido por Amaral poderá trazer à tona reflexões sobre a história do tribunal e suas ações, além de impactar futuras decisões e posicionamentos da Corte em temas relacionados a direitos humanos e a memória histórica.