Entenda a trajetória do criminoso e os desdobramentos da megaoperação
Edgar Alves Andrade, conhecido como Doca, é apontado como a principal liderança do Comando Vermelho no Complexo da Penha, Rio de Janeiro.
Edgar Alves Andrade, ou “Doca”, é o homem apontado como a principal liderança do Comando Vermelho (CV) no Complexo da Penha, Zona Norte do Rio de Janeiro. Na quarta-feira, 28 de outubro de 2023, ele era um dos alvos da megaoperação que resultou em 64 mortes, 81 prisões e a apreensão de 93 fuzis. Doca, que também é conhecido como “Urso”, tem uma recompensa de R$ 100 mil por sua captura.
A operação e suas consequências
A comunidade da Penha amanheceu com uma fila de corpos em praça após a megaoperação. Segundo o governo do Rio de Janeiro, acredita-se que todos os mortos eram criminosos. As forças de segurança classificam Doca como o chefe do tráfico de drogas na região e, segundo o sistema prisional, ele é considerado um dos criminosos mais procurados do estado, tendo sido classificado como de altíssima periculosidade.
Mandados e investigações
Doca está evadido do sistema carcerário e é investigado por mais de 100 homicídios, incluindo execuções de crianças e desaparecimentos de moradores. No final de 2023, ele foi apontado como mandante da execução de três médicos e da tentativa de homicídio de uma quarta vítima na Barra da Tijuca, onde as vítimas foram confundidas com milicianos.
O braço direito
Durante a operação, Thiago do Nascimento Mendes, conhecido como Belão, braço direito de Doca, foi preso. Belão é considerado o operador financeiro do Comando Vermelho no Complexo da Penha e também é alvo de diversas investigações. Com mais de 20 mandados de prisão expedidos em nome de Doca, a pressão sobre sua captura só aumenta.