Privatização da Copasa é aprovada na Assembleia de MG em primeiro turno

Projeto permite a venda da Companhia de Saneamento de Minas Gerais com 50 votos a favor

Assembleia de MG avança com projeto de privatização da Copasa, que obtém 50 votos favoráveis.

Assembleia Legislativa de Minas Gerais aprova privatização da Copasa

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizou, nesta terça-feira (3), a votação do projeto que autoriza a privatização da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). O projeto foi aprovado com expressivos 50 votos a favor e 17 contra, superando a necessidade mínima de 48 votos. Agora, o texto seguirá para análise da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO).

Antes da votação, a FFO analisou 29 propostas de alteração do texto apresentadas pela oposição. Contudo, todas essas emendas foram rejeitadas na sessão de plenário. O relator do projeto, deputado Zé Guilherme (PP), que também preside a comissão, justificou a rejeição das emendas ao afirmar que as questões levantadas sobre a preservação dos contratos dos funcionários da Copasa já estavam garantidas no substitutivo número três do projeto.

Regras impostas pelo substitutivo

O substitutivo estabelece que, após a privatização, a empresa deverá garantir modicidade tarifária, bem como melhorias na qualidade da água e a manutenção dos vínculos de trabalho. Segundo o texto, após 18 meses da privatização, o Estado poderá realocar os servidores, um ponto que gerou preocupação entre os trabalhadores da companhia.

Clima tenso na votação

A sessão foi marcada por um clima de tensão, com cartazes e manifestações de protesto de parlamentares e do público presente. Durante a votação, gritos de “traidor” ecoaram pelo plenário, enquanto uma faixa azul exibia a mensagem: “Se privatizar, a sua conta vai te afogar”. O deputado Leleco Pimentel (PT) utilizou a tribuna para criticar a velocidade da tramitação da privatização e a agenda de venda de ativos promovida pelo governador Romeu Zema (Novo).

Implicações da privatização

A aprovação da privatização da Copasa é um passo importante para o governo de Minas Gerais, que tem buscado alternativas para a melhoria da eficiência dos serviços públicos. No entanto, a decisão gera uma série de questionamentos sobre os impactos que a privatização poderá ter sobre as tarifas e a qualidade do serviço prestado à população. A resistência demonstrada por parte de alguns deputados e do público indica que o tema continua a ser uma questão sensível nas discussões políticas do estado.

A expectativa agora é que a FFO analise detalhadamente o projeto e que haja um amplo debate sobre suas implicações antes de uma votação final.

A privatização da Copasa, companhia responsável pelo saneamento em diversas cidades do estado, é uma medida que pode trazer mudanças significativas no setor. Assim, os desdobramentos dessa votação merecem atenção, não apenas dos envolvidos diretamente, mas de toda a população mineira que pode ser afetada por essa decisão.

Fonte: www.moneytimes.com.br

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