Produção científica brasileira cresce após dois anos de queda

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Relatório destaca recuperação da produção de artigos em 2024.

Após dois anos de queda, a produção científica brasileira aumentou 4,5% em 2024, segundo relatório da Agência Bori e Elsevier.

Retomada da Produção Científica

A produção científica brasileira, que enfrentou uma queda acentuada nos últimos dois anos, apresenta sinais positivos de recuperação. Em 2024, o Brasil registrou um crescimento de 4,5% no número de artigos publicados em comparação ao ano anterior, conforme aponta o relatório “2024: retomada no crescimento da produção científica no Brasil e em outros 51 países”, elaborado em parceria entre a Agência Bori e a Elsevier. O documento, divulgado em 18 de dezembro de 2025, revela que, embora o total de publicações ainda esteja abaixo dos 82 mil artigos de 2021, a marca de mais de 73 mil trabalhos publicados em 2024 é um indicativo de uma retomada significativa.

O Impacto da Pandemia e os Investimentos em Ciência

Nos últimos anos, a produção científica brasileira foi severamente afetada pela pandemia de Covid-19, que dificultou a realização de pesquisas e a continuidade de projetos. O relatório destaca que, enquanto a maioria dos países analisados apresentou crescimento em sua produção científica, o Brasil conseguiu se recuperar mais rapidamente, impulsionado por um aumento nos investimentos em ciência. Segundo Dante Cid, vice-presidente de Relações Institucionais para a América Latina da Elsevier, a recuperação dos financiamentos e a superação dos impactos mais severos da pandemia foram cruciais para a melhora no cenário.

Análise Comparativa com Outros Países

O levantamento realizado pela Agência Bori também comparou a produção científica do Brasil com a de outros 54 países que publicaram mais de 10 mil artigos em 2024. A maior parte das nações apresentou crescimento, exceto a Rússia e a Ucrânia, que enfrentam conflitos que têm impactado suas capacidades de pesquisa. Esta comparação global ressalta a importância de investimentos em ciência e as políticas públicas que podem ajudar a dirigir o crescimento em setores críticos.

Instituições em Destaque

O relatório também analisou a variação de produtividade nas 32 principais instituições de pesquisa do Brasil. Apesar do crescimento geral, algumas instituições, como a Embrapa e a Universidade Federal de Goiás, apresentaram resultados negativos, indicando a necessidade de políticas específicas para essas regiões. Ana Paula Morales, cofundadora da Bori, enfatiza a importância de entender as diferenças regionais e institucionais na recuperação da produção científica, o que pode orientar futuras iniciativas de apoio e investimento.

Conclusão e Expectativas Futuras

O relatório da Agência Bori e Elsevier é um indicativo positivo para a ciência brasileira, mostrando que a produção científica está se reerguendo após os desafios impostos pela pandemia. As expectativas para 2025 são otimistas, com a esperança de que as políticas de incentivo à pesquisa continuem a trazer resultados e que as instituições possam se recuperar plenamente. O foco em investimentos e na superação das dificuldades enfrentadas nos últimos anos será fundamental para garantir que o Brasil mantenha um papel significativo na produção científica global.

Fonte: www.metropoles.com

Fonte: Getty Images

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