Produção de carros menores: nova ordem de Donald Trump

Kazuhiro NOGI/AFP via Getty Images

Presidente anuncia medidas para permitir a fabricação de veículos compactos nos EUA

Donald Trump anuncia ordem para facilitar produção de carros menores e mais econômicos nos EUA.

A nova ordem de Trump sobre produção de carros menores

Na quarta-feira, o presidente Donald Trump anunciou uma nova ordem que pretende facilitar a produção de carros menores e mais compactos nos Estados Unidos, promovendo a eficiência e o acesso a veículos para a população. Esta decisão visa remover barreiras regulatórias e permitir que montadoras americanas como Ford, General Motors e Stellantis possam fabricar esses modelos, que tiveram sua popularidade restringida por normas anteriores.

Trump, em sua fala no Salão Oval, destacou a necessidade de modernizar a abordagem em relação ao mercado automotivo. “Se você vai ao Japão, onde eu acabei de estar, os carros são muito pequenos e muito fofos”, comentou, enfatizando a inspiração que recebeu em suas visitas ao Leste Asiático. Ele ressaltou que a flexibilidade nas normas de produção permitirá a inclusão de modelos compactos que, segundo ele, atenderão uma demanda reprimida no mercado americano.

Implicações das novas políticas de transporte

O presidente ordenou que o secretário de Transporte, Sean Duffy, revise as normas de eficiência de combustível que foram estabelecidas durante a administração Biden. Segundo a administração, a revisão dessas normas poderá gerar uma economia significativa para os consumidores, estimada em 109 bilhões de dólares ao longo dos próximos cinco anos, além de reduzir o custo médio de um novo veículo em mil dólares. Contudo, órgãos ambientais e defensores da saúde pública expressaram preocupações sobre as consequências negativas dessa mudança para o clima e a saúde da população.

Katherine Garcia, da organização Sierra Club, alertou que a redução das normas de eficiência de combustível vai na contramão do progresso, levando a um aumento no consumo de gasolina e, consequentemente, nos gastos das famílias. Segundo ela, a atual pressão sobre os orçamentos familiares torna essa política ainda mais problemático.

Barreira histórica para carros compactos

Historicamente, a produção de veículos ultracompactos, como os “kei cars” do Japão, foi limitada nos Estados Unidos devido a um conjunto de normas regulatórias que favoreciam veículos maiores. As normas de Economia Média de Combustível (CAFE), implementadas nos anos 70, tinham como objetivo aumentar a eficiência, mas, de acordo com analistas de mercado, isso acabou privilegiando carros maiores que se adequam mais facilmente a essas exigências.

A National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA) também levantou dúvidas sobre a segurança de veículos menores, uma preocupação que tem dificultado a entrada desses modelos no mercado americano. Tatsuo Yoshida, analista da Bloomberg Intelligence, comenta que a falta de viabilidade econômica para a produção e venda de carros compactos tem desencorajado fabricantes de investirem nesse segmento no país.

Reação das montadoras e futuro da indústria

Na reunião em que Trump fez o anúncio, os CEOs das três maiores montadoras norte-americanas estavam presentes e demonstraram apoio à mudança, afirmando que a nova política representa uma vitória para a economia e a acessibilidade no setor automotivo. Ford, por exemplo, destacou que essa nova abordagem poderia ajudar a preencher uma lacuna no mercado, permitindo que mais consumidores adquiram veículos novos e acessíveis.

No entanto, a administração ainda encontrará resistência à medida que os detalhes das novas normas de eficiência de combustível forem definidos. Uma consulta pública de 45 dias será realizada após a publicação das novas regras no Registro Federal, oferecendo ao público a oportunidade de expressar suas opiniões sobre os ajustes propostos.

A nova política de carros menores, portanto, representa um movimento ousado, buscando atender tanto à demanda econômica quanto às exigências ambientais, embora ainda permaneçam dúvidas sobre seu impacto a longo prazo para a saúde pública e a sustentabilidade ambiental.

Fonte: www.newsweek.com

Fonte: Kazuhiro NOGI/AFP via Getty Images

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