Produção Excessiva Derruba Preços: Federarroz Sugere Redução de Área e Aposta em Exportação

A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) divulgou um comunicado nesta quarta-feira, apresentando propostas para produtores de arroz e solicitando ações dos governos federal e estadual, em resposta ao excedente de produção e à consequente diminuição da renda dos agricultores.

O presidente da Federarroz, Denis Nunes, alertou para os altos níveis de estoque de arroz, provenientes da forte safra no Brasil e no Mercosul, combinados com uma demanda interna que não acompanha o ritmo da produção. Segundo ele, o excesso de oferta no mercado está pressionando os preços para níveis abaixo dos custos de produção, levando os produtores a venderem com prejuízo e comprometendo a sustentabilidade da atividade.

Diante desse cenário, a entidade recomenda como prioridade a redução da área plantada na safra 2025/26. A Federarroz também sugere que os produtores concentrem esforços na exportação para países onde o arroz brasileiro é mais valorizado, buscando uma remuneração mais justa. A falta de medidas coordenadas, segundo a federação, pode desestimular a produção e comprometer a segurança alimentar no médio prazo.

Além das recomendações aos produtores, a Federarroz solicitou ao governo federal a fiscalização das importações de arroz que não cumpram a legislação fitossanitária brasileira. A entidade também pede que o governo estadual exija que os mercados concorrentes sigam as mesmas normas trabalhistas e ambientais dos produtores brasileiros, e que eleve o preço mínimo do arroz para um patamar que reflita o custo de produção.

Em relação ao governo estadual, a Federarroz reitera a importância da utilização da taxa de Cooperação e Defesa da Orizicultura (CDO) para facilitar o escoamento do mercado e propõe alterações no regime do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para equiparar as condições com outros estados.

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