Proteína em Excesso? Estudo Revela se Brasileiros Realmente Precisam de Suplementação

A proliferação de produtos com adição de proteína nas prateleiras dos supermercados – de pães a pipocas – levanta uma questão crucial: precisamos mesmo dessa dose extra do nutriente, obtida através de alimentos industrializados? Um novo estudo da Universidade de São Paulo (USP) traz respostas surpreendentes sobre o consumo de proteína no Brasil.

As proteínas desempenham papéis vitais no organismo, desde a construção e reparo de tecidos até a produção de anticorpos e hormônios. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda uma ingestão diária de 0,8 gramas de proteína por quilo de peso, o que corresponde a 10-15% da energia total consumida.

De acordo com a pesquisa da USP, a maioria dos brasileiros já atinge essa quantidade através da alimentação diária. “Os dados atuais mostram que, muito mais do que oferecer proteínas ou outros nutrientes… o maior desafio da alimentação contemporânea está em ampliar sua diversificação”, afirmam os pesquisadores da USP.

Alimentos como leguminosas (feijões, lentilha), grãos integrais, oleaginosas, carnes magras, peixes e ovos são excelentes fontes de proteína e promovem a saciedade. Uma dieta equilibrada, com variedade desses alimentos, geralmente supre as necessidades proteicas sem a necessidade de produtos industrializados.

O estudo da USP, publicado na Revista de Saúde Pública, revelou que apenas 2,6% dos brasileiros apresentam ingestão de proteína abaixo do recomendado. Os pesquisadores enfatizam que a crença na necessidade de suplementação proteica é, muitas vezes, exagerada, e que o foco deve ser em diversificar a dieta, priorizando alimentos in natura como frutas, verduras e legumes, e reduzindo o consumo de ultraprocessados e produtos de origem animal.

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