Um protesto chamou a atenção na Inglaterra, na noite de terça-feira (16/9), véspera da chegada do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Manifestantes projetaram imagens de Trump e do financista Jeffrey Epstein, condenado por crimes sexuais, nas paredes do Castelo de Windsor. O ato ocorreu horas antes do encontro de Trump com o Rei Charles III e outros membros da família real, agendado para o dia seguinte.
As imagens, rapidamente disseminadas nas redes sociais, mostravam Trump sorrindo ao lado de Epstein. A polícia de Thames Valley agiu rapidamente, prendendo quatro pessoas sob suspeita de comunicações maliciosas. A superintendente-chefe Felicity Parker declarou que a polícia leva “muito a sério qualquer atividade não autorizada ao redor do Castelo de Windsor” e que uma “investigação completa” está em andamento.
De acordo com relatos da imprensa internacional, o grupo ativista Led By Donkeys assumiu a responsabilidade pela projeção, classificando as prisões como “ridículas”. O protesto lança uma sombra sobre a visita de Trump, reacendendo o debate sobre sua antiga associação com Epstein. A relação entre os dois, que foram amigos próximos nos anos 1990 e início dos anos 2000, sempre gerou controvérsia.
Trump e Epstein frequentaram festas juntos e foram fotografados em diversos eventos sociais. Em 2002, Trump chegou a elogiar Epstein publicamente, dizendo que ele “gostava de mulheres jovens”. Jeffrey Epstein, que se declarou culpado em 2008 por acusações de exploração sexual de menores, mantinha conexões em altos círculos políticos e financeiros, o que amplificou o escândalo em torno de sua figura.
A visita de Donald Trump ao Reino Unido, que incluiu encontros com o Rei Charles III, a Rainha Camilla, o Príncipe William e Kate Middleton, tem como objetivo discutir temas como comércio e a situação geopolítica envolvendo a Rússia e a Ucrânia. Trump tem pressionado a Europa a reduzir a compra de petróleo russo, argumentando que isso dificulta as negociações de paz.