Manifestantes questionam a desigualdade e criticam a riqueza exorbitante acumulada por figuras como Elon Musk
Cerca de 35 pessoas protestaram na Pensilvânia contra a ascensão de trilionários, em uma manifestação semanal.
Protesto contra trilionários em Devon, Pensilvânia
No último sábado, aproximadamente 35 pessoas se reuniram em frente a uma concessionária da Tesla em Devon, Pensilvânia, para participar de um protesto contra a ascensão de trilionários. Este evento ocorreu no contexto do “No Trillionaires Day”, uma mobilização nacional que critica o recente acordo que pode tornar Elon Musk o primeiro trilionário da história.
Os manifestantes expressaram sua indignação sobre a desigualdade econômica, levantando questões sobre a legitimidade de acumular tal riqueza em um mundo onde muitos lutam para atender suas necessidades básicas. Tom Gibbons, um dos participantes, afirmou: “É simplesmente avareza. O que significa ter tanto dinheiro?” Gibbons, de 71 anos, enfatizou que a disparidade entre a riqueza de Musk e as dificuldades enfrentadas por muitos é um exemplo claro da desigualdade atual.
O que motivou o protesto
O acordo que está na mira dos manifestantes foi aprovado por acionistas da Tesla e ocorre em um ano desafiador para a montadora elétrica. O debate sobre a gestão de Musk e a moralidade de sua riqueza foi intensificado, com até o Papa expressando preocupações sobre a crescente diferença entre as classes sociais. “As pessoas estão passando fome ou enfrentando dificuldades para atender suas necessidades econômicas”, completou Gibbons.
Os protestos, conhecidos como #TeslaTakedown, começaram como uma resposta a ações de Musk que geraram controvérsia, incluindo seu comportamento durante um evento de posse de Donald Trump. Lynn Hogben, de 70 anos, também esteve presente, segurando um cartaz com a frase “Não compre Swasticars”, referindo-se ao comportamento de Musk que muitos consideram inaceitável.
Mobilização contínua e apoio da comunidade
Embora o tamanho da manifestação varie, com algumas semanas atraindo mais de 400 participantes, a média semanal é de 30 a 40 pessoas, na sua maioria, residentes mais velhos da região. Durante a manifestação, que ocorreu das 11h ao meio-dia, os participantes levantaram cartazes em protesto contra a redução do maior programa de assistência alimentar do país e as políticas de imigração de Trump, além de exigir a liberação de documentos do Departamento de Justiça sobre Jeffrey Epstein.
Os motoristas que passavam pela via movimentada expressaram apoio, com buzinas e gestos de aprovação. Musk, por sua vez, minimizou os protestos, insinuando que os manifestantes estariam sendo pagos para perturbar a paz, sem apresentar evidências concretas.
As líderes do movimento, Janet Gilbert e Cynthia Sherbin, destacaram a importância dessas manifestações semanais. “Isso mostra às pessoas que passam que não estamos apenas nos rendendo”, afirmou Gilbert. A resistência contínua dos manifestantes é uma resposta não apenas à riqueza crescente, mas também a uma série de políticas que consideram prejudiciais à sociedade como um todo.