Artistas cancelam apresentações em resposta à mudança polêmica.
Artistas se manifestam contra a renomeação do Kennedy Center, cancelando apresentações programadas.
O Kennedy Center enfrenta um crescente descontentamento entre artistas após sua recente renomeação em honra ao ex-presidente Donald Trump. A mudança, anunciada pela direção do centro, resultou em uma série de cancelamentos de apresentações programadas, refletindo a indignação do setor artístico.
Impacto da Renomeação
A decisão de renomear o espaço cultural, agora chamado de Trump-Kennedy Center, provocou reações imediatas. Entre os cancelamentos, a companhia de dança Doug Varone and Dancers anunciou que não se apresentará mais no local. O diretor da companhia, Doug Varone, descreveu o ato como “financeiramente devastador, mas moralmente exaltante”.
Além disso, dois eventos programados para a véspera de Ano Novo pela banda The Cookers também foram cancelados. Embora a banda não tenha dado uma justificativa explícita, o cancelamento segue a onda de protestos iniciada com a retirada do renomado músico Chuck Redd de sua apresentação anual de Natal.
Vozes de Indignação
A cantora Kristy Lee, que tinha um show gratuito agendado para 14 de janeiro, também se retirou. Em seu Instagram, ela expressou: “Cancelar shows dói, mas perder minha integridade custa mais do que qualquer pagamento”. A artista criticou a tentativa de transformar a história americana em um instrumento político, destacando a importância da arte livre de influências externas.
Histórico de Cancelamentos
Os cancelamentos recentes se somam a uma lista crescente de 26 performances que já haviam sido canceladas este ano, incluindo 15 cancelamentos por artistas em protesto contra a autoproclamação de Trump como presidente do conselho do centro. A atriz Issa Rae, por exemplo, decidiu cancelar um show em fevereiro, alegando que a mudança violava os valores de diversidade celebrados pelo Kennedy Center.
Reação da Administração
A administração do Kennedy Center, liderada pelo presidente Richard Grenell, respondeu às críticas de maneira contundente. Grenell ameaçou processar Chuck Redd por danos no valor de US$ 1 milhão, descrevendo a decisão de cancelamento como uma “intolerância clássica”. Ele argumentou que as ações dos artistas eram frutos de uma tentativa de intimidação por segmentos da esquerda política, que buscam boicotar instituições culturais.
Conclusão
Os protestos no Kennedy Center refletem um momento crítico na interseção entre arte e política, onde artistas se sentem compelidos a agir contra o que consideram uma violação de princípios fundamentais. O futuro do Kennedy Center e suas programações permanecem incertos, à medida que a controvérsia continua a reverberar na sociedade.
Fonte: www.rollingstone.com
Fonte: The John F. Kennedy Memorial Center for the Performing Arts