Protestos no Rio contra mortes em operações policiais

Moradores do Alemão e da Penha se manifestam por justiça

Protestos em frente ao Palácio Guanabara marcam indignação contra a violência policial no Rio de Janeiro.

Nesta quarta-feira (29), moradores dos Complexos do Alemão e da Penha se manifestaram em frente ao Palácio Guanabara, no Rio de Janeiro, exigindo justiça pelas mortes ocorridas em uma operação policial que deixou mais de 100 mortos. Os manifestantes acusaram o governador Claudio Castro de liderar “uma carnificina” e pediram responsabilização por tais atos.

Vozes da indignação

Os protestos contaram com a participação de diversos moradores, que exibiram cartazes com mensagens impactantes como “estado genocida” e “todas as vidas importam”. Rute Sales, uma moradora e ativista negra, destacou a gravidade da situação, afirmando que o que ocorreu nas comunidades foi um genocídio. Segundo ela, “não é possível que esse governador não seja responsabilizado por tantas vidas”.

Anúncio de medidas governamentais

O ato ocorreu pouco antes de uma reunião entre o governador e o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. Durante esse encontro, foi anunciado o planejamento de um escritório emergencial para enfrentar o crime organizado no estado, com a intenção de fortalecer a integração entre as esferas federal e estadual. Lewandowski também mencionou o aumento do efetivo da Polícia Rodoviária Federal.

Reações do governo

Apesar da indignação popular e das denúncias de execuções e torturas, Claudio Castro declarou que a operação foi um sucesso, ressaltando que as únicas vítimas foram quatro policiais. A situação continua a gerar polêmica e debate sobre a abordagem da segurança pública no estado.

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