Provas contra Filipe Martins e a ação golpista

Ministro do STF analisa documentos e depoimentos da PGR

A Procuradoria-Geral da República reuniu provas que implicam Filipe Martins na tentativa de golpe de Estado. Documentos e depoimentos revelam sua participação em reuniões-chave.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) reúne provas que implicam Filipe Martins na tentativa de golpe de Estado; o ex-assessor de assuntos internacionais do governo Jair Bolsonaro teve seu nome mencionado em várias reuniões estratégicas. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, analisa documentos e depoimentos que podem ser decisivos para o caso.
Uma das principais provas contra Martins é sua participação em uma reunião realizada em 7 de dezembro de 2022, onde o ex-presidente Bolsonaro, o então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, e comandantes das Forças Armadas discutiram uma minuta de decreto com medidas de exceção. Segundo a Polícia Federal (PF), esse documento poderia sustentar um golpe. Martins ficou encarregado de apresentar o decreto, expondo seus fundamentos técnicos.

Números e indicadores do caso

  • Filipe Martins citou em ao menos três reuniões cruciais durante o período de articulações golpistas.
  • O ex-presidente Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por liderar a organização criminosa.
  • Uma reunião significativa ocorreu em 9 de dezembro de 2022, onde foram feitos ajustes na minuta golpista, com a participação de generais e Martins.

A participação de Martins

O depoimento do ex-comandante do Exército, Freire Gomes, à PF corrobora a participação de Martins, que se retirou da reunião com os militares após a leitura do documento. O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, também confirmou a atuação de Martins na apresentação do projeto de decreto.

Documentos e delações

As evidências incluem registros de entrada e saída de Martins no Palácio da Alvorada, mostrando seu envolvimento nas articulações golpistas entre o segundo turno das eleições de 2022 e a troca de governo em janeiro. Além disso, seu nome estava em um documento apreendido pela PF, que detalhava as delegações dos membros do “gabinete de crise” proposto após o golpe, indicando que ele ocuparia a assessoria de relações institucionais do governo provisório de exceção.

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