PT avalia cenários para as eleições de 2026 em diversos estados

Hugo Barreto/Metrópoles

Partido realiza diagnóstico para articular alianças e definir candidaturas em meio a incertezas

O PT está realizando um diagnóstico para as eleições de 2026, avaliando cenários e alianças em diferentes estados.

PT realiza diagnóstico para as eleições de 2026

O Partido dos Trabalhadores (PT) está em um intenso processo de diagnóstico eleitoral, que começou em 6 de novembro de 2025. Com a coordenação do deputado federal José Guimarães (PT-CE), o Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE) tem como principal objetivo mapear os cenários nos estados para as eleições de 2026, especialmente visando a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Desafios nas articulações estaduais

Enquanto o presidente Lula já confirmou sua intenção de concorrer a um quarto mandato, o PT enfrenta desafios nas articulações estaduais. Os líderes do partido estão cientes de que, a um ano da eleição, o cenário permanece indefinido em importantes colégios eleitorais, como São Paulo e Minas Gerais. No Maranhão, a disputa entre o atual governador e o vice do PT gera incertezas nas negociações.

Em São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) ainda não definiu se buscará a reeleição ou se almeja uma candidatura presidencial. O PT aposta no ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), como potencial candidato ao governo, embora ele tenha mostrado resistência em se comprometer com a disputa. Além disso, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) também é cogitado, mas sua participação é incerta.

A situação em Minas Gerais

No segundo maior colégio eleitoral, Minas Gerais, a situação também é complexa. O senador Rodrigo Pacheco (PSD) é visto como um candidato preferido por Lula, mas ele está inclinado a assumir uma posição no Supremo Tribunal Federal (STF), o que poderia complicar ainda mais a articulação do PT. Caso Pacheco não se lance ao governo, ele pode apoiar Alexandre Kalil (PDT), que recentemente se filiou ao partido e é considerado uma opção forte para a disputa.

Questões no Maranhão e no Rio de Janeiro

No Maranhão, a situação é ainda mais conturbada. O governador Carlos Brandão (PSB) está em conflito com a antiga base política de Flávio Dino, atualmente no STF. Brandão deseja lançar seu sobrinho, Orleans Brandão (MDB), enquanto o vice Felipe Camarão (PT) também quer concorrer. Essa disputa interna pode impactar significativamente as chances do PT no estado.

Em comparação, no Rio de Janeiro, o PT busca se aliar ao prefeito Eduardo Paes (PSD), que lidera as pesquisas. Contudo, ainda é necessário definir o papel do partido na chapa de Paes, especialmente com a deputada federal Benedita da Silva como uma possível candidata ao Senado.

Conclusão e próximos passos

Com a previsão de que o GTE finalize seus diagnósticos até o final de novembro, o PT se prepara para reuniões decisivas em dezembro, onde Edinho Silva e Guimarães discutirão as melhores estratégias eleitorais com as direções estaduais. A construção do palanque para Lula e a definição das candidaturas nos estados são prioridades que devem ser abordadas nas próximas semanas, enquanto o partido busca fortalecer sua presença no Congresso Nacional.

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