Aumento das tensões nucleares entre EUA e Rússia
Em 5 de novembro de 2025, Putin orienta governo sobre retomada de testes nucleares em resposta a Trump.
Em 5 de novembro de 2025, o presidente russo Vladimir Putin solicitou ao seu governo que apresentasse propostas para a possível retomada de testes nucleares. A decisão foi tomada após declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, que sugeriu que os Estados Unidos deveriam realizar testes nucleares “em igualdade” com outras nações.
Contexto da proposta de Putin
Durante uma reunião com o Conselho de Segurança, Putin enfatizou que a Rússia cumpriu o Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares, mas que, caso os Estados Unidos ou outra nação signatária do tratado realizassem testes, a Rússia estaria obrigada a responder com medidas recíprocas. As declarações de Trump, que indicou que países como Rússia e China estariam testando armas nucleares, intensificaram as especulações sobre uma nova corrida armamentista.
Reações internacionais e implicações
A Rússia não conduziu testes nucleares desde 1990, enquanto a última detonação conhecida dos EUA ocorreu em 1992. A situação atual traz à tona preocupações sobre a segurança global, uma vez que Putin já havia sugerido que a Rússia poderia retomar os testes se os EUA o fizessem primeiro. No contexto atual, as tensões aumentam, especialmente considerando a recente mudança na doutrina nuclear russa, que pode levar a uma resposta nuclear a ataques convencionais, especialmente se estes forem apoiados por nações nucleares.
O papel de Trump e declarações contraditórias
Trump, em uma entrevista, afirmou que os EUA testariam armas nucleares, mas não ficou claro se isso incluiria testes de explosões nucleares reais. O Secretário de Energia dos EUA, Chris Wright, minimizou a ideia de que os Estados Unidos estivessem prontos para iniciar explosões nucleares, esclarecendo que os testes planejados são de sistemas e não explosões nucleares propriamente ditas. Essa ambiguidade nas declarações de Trump levanta preocupações sobre o real estado da política nuclear americana e suas implicações para a segurança global.
