A decisão afeta a gestão de armas nucleares e a estabilidade estratégica entre potências
Putin formaliza saída da Rússia de acordo com os EUA sobre plutônio, afetando controle de armas nucleares.
Em 28 de outubro de 2025, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, promulgou uma lei que retira formalmente o país de um acordo com os Estados Unidos sobre o reprocessamento de plutônio. O tratado, assinado em 2000 e ratificado em 2011, tinha como objetivo impedir a fabricação de armas nucleares, comprometendo ambos os países a reciclar 34 toneladas de plutônio, material suficiente para produzir aproximadamente 17 mil armas nucleares.
Contexto da decisão
A decisão de Putin vem após uma longa suspensão da participação da Rússia no tratado, que foi ordenada em 2016. Na época, Putin condicionou a permanência da Rússia no pacto ao fim das sanções ocidentais e à redução da presença militar dos EUA na Europa Oriental. O Kremlin argumentou que as ações dos EUA alteraram drasticamente o equilíbrio estratégico, justificando a retirada.
Impacto nas relações internacionais
A ruptura do acordo reflete tensões cada vez mais elevadas entre Moscou e Washington, especialmente após a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022. Além disso, em 2023, Putin já havia suspendido a participação da Rússia no tratado New Start, que limita o número de ogivas nucleares. As relações entre as potências nucleares permanecem tensas, com ambos os lados controlando um estoque significativo de armas nucleares.
O futuro do controle de armas
O New Start, que expira em fevereiro de 2026, foi estendido em 2021, mas negociações sobre sua prorrogação são incertas. A Rússia anunciou recentemente o sucesso de testes de um novo míssil de cruzeiro com propulsão nuclear, aumentando ainda mais as preocupações sobre a corrida armamentista. As potências nucleares precisam urgentemente de um diálogo renovado para evitar uma escalada de tensões que poderia resultar em consequências catastróficas.