Análise sobre o desempenho das bolsas na Europa em 4 de novembro de 2025
Índices europeus caem em 4 de novembro de 2025, com foco na inflação e balanços.
Em 4 de novembro de 2025, os índices europeus encerraram a sessão em queda, refletindo o impacto da inflação na Zona do Euro e balanços corporativos. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve uma queda de 0,30%, fechando aos 570,58 pontos. O CAC 40, da França, e o DAX, da Alemanha, também recuaram, com perdas de 0,52% e 0,76%, respectivamente. Em contraste, o FTSE 100 de Londres registrou uma leve alta de 0,14%, alcançando 9.714,96 pontos.
Cenário fiscal do Reino Unido e suas implicações
Os investidores estão atentos ao cenário fiscal do Reino Unido, especialmente após comentários da ministra das Finanças, Rachel Reeves, que indicou que o governo tomará “decisões difíceis” antes do orçamento programado para 26 de novembro. Essa declaração levou os rendimentos dos títulos do governo britânico a cair 2 pontos base, atingindo 4,419%, enquanto a libra esterlina caiu para sua menor cotação desde abril. O DXY, índice que mede o desempenho do dólar em relação a uma cesta de moedas, voltou a superar a marca de 100 pontos.
Influência do mercado americano sobre o europeu
Além disso, a aversão ao risco foi intensificada pela realização de lucros no setor tecnológico em Wall Street, onde alguns bancos advertiram sobre a possibilidade de uma correção de até 15% nos mercados acionários dos EUA. Richard Flax, diretor de investimentos da Moneyfarm, comentou que as preocupações no mercado dos EUA estão impactando o sentimento de risco na Europa, embora as avaliações na região sejam consideradas mais favoráveis em comparação ao histórico.
Desempenho corporativo
No âmbito corporativo, a petrolífera BP reportou uma queda no lucro subjacente do terceiro trimestre, embora menor do que o esperado, devido a um desempenho positivo em suas divisões, especialmente no refino. A empresa segue sem atualizações sobre a venda da unidade de lubrificantes Castrol, parte de sua estratégia para reduzir a dívida em US$ 20 bilhões.