O impacto do 'Mestre das Armas' na criminalidade

Diego Hernan Dirísio, o 'Mestre das Armas', é acusado de movimentar R$ 1,2 bilhão em tráfico de armas na América do Sul.

Em fevereiro de 2024, Diego Hernan Dirísio, conhecido como “Mestre das Armas”, foi preso na Argentina durante uma operação da Interpol, após uma solicitação de extradição feita pela Justiça Federal da Bahia. Ele e sua esposa, Julieta Vanessa Nardi Aranda, foram alvos de uma investigação que revelou um esquema de tráfico de armas que movimentou cerca de R$ 1,2 bilhão nos últimos três anos.

O papel do ‘Mestre das Armas’

Considerado pela Polícia Federal (PF) como o maior traficante de armamentos da América do Sul, Dirísio é suspeito de vender ao menos 43 mil armas para facções criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV). Ele operava a partir de uma empresa em Assunção, que importava armas do Leste Europeu, utilizando empresas de fachada para disfarçar as transações.

Megaoperação e suas consequências

A PF deflagrou a operação “Dakovo” em dezembro de 2023, visando desestruturar a logística de tráfico de armas de duas grandes facções brasileiras. Embora o esquema tenha sido descoberto em 2020, com a apreensão de 23 pistolas e dois fuzis pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na Bahia, Dirísio só foi preso anos depois, após entrar na Difusão Vermelha da Interpol. O Brasil aguarda a extradição do traficante para que ele cumpra pena em território nacional.

Investigação em andamento

As investigações continuam, com foco na identificação de mais envolvidos e na desarticulação de redes que facilitam a importação de armamentos na América do Sul. O impacto da prisão de Dirísio é significativo, pois pode afetar diretamente a estrutura de armamento de facções criminosas no Brasil.
Sob supervisão de Carolina Figueiredo