Donativos secretos levantam preocupações sobre ética e acesso à administração
Doadores anônimos levantam questões éticas sobre a nova sala de baile da Casa Branca, orçada em $250 milhões.
O financiamento da nova sala de baile da Casa Branca, que custará $250 milhões, está cercado de mistério. A construção começou na segunda-feira, com máquinas de escavação trabalhando no local. O presidente Donald Trump afirmou que pagará parte dos custos e que alguns doadores anônimos estão dispostos a contribuir com mais de $20 milhões para o projeto.
Preocupações éticas
Especialistas jurídicos levantaram preocupações sobre a possibilidade de que esse modelo de financiamento seja uma forma de pagar por acesso à administração. Richard Painter, ex-advogado de ética da Casa Branca durante a presidência de George W. Bush, descreveu a nova sala como um “pesadelo ético”, afirmando que as corporações que doam têm interesses no governo.
Evento de arrecadação
Um jantar para potenciais doadores, realizado na Casa Branca, contou com a presença de executivos de empresas renomadas como Blackstone, OpenAI, Microsoft e Google. Um formulário de compromisso analisado sugere que os doadores poderiam receber reconhecimento por suas contribuições, como nomes gravados na estrutura. Embora apenas o YouTube tenha sido identificado como contribuinte, com uma doação de $22 milhões, a lista completa de doadores ainda não foi divulgada.
Implicações políticas
Trump defendeu a necessidade da nova sala, alegando que as atuais instalações são insuficientes para eventos de grande porte. No entanto, críticos alertam que a nova estrutura pode se tornar uma ferramenta de arrecadação política, semelhante a práticas de administrações passadas que foram criticadas por venda de acesso. A questão central permanece: é possível provar que há uma troca de favores entre doadores e a administração?
A construção da nova sala de baile continua a ser um tema delicado, levantando discussões sobre a ética no financiamento de projetos governamentais.