Familiares do músico alegam má-fé na alteração da empresa para evitar pagamentos devidos

Herdeiros de Canisso, baixista da banda Raimundos, acusam integrantes de burlarem acordo financeiro.

Raimundos são acusados de burlar acordos financeiros com familiares do baixista Canisso

Os herdeiros de Canisso, famoso baixista da banda Raimundos, alegam que os integrantes atuais do grupo estão utilizando artimanhas para evitar o pagamento de valores que lhes são devidos. A informação foi divulgada por meio de uma nota da equipe jurídica de Adriana Toscano, viúva do músico, que descreve a situação como um verdadeiro drama familiar.

De acordo com a nota, os integrantes da banda, incluindo Digão, Marquim, Caio Cunha e Jean Moura, encerraram a empresa da qual Canisso era sócio e abriram uma nova organização, a Paulera – Produção Musical Ltda., para evitar repasses financeiros que deveriam ir para os herdeiros do músico, conforme acordado em contrato antes de seu falecimento.

A viúva de Canisso explica que, após a morte do artista em março de 2023, ela foi informada de que receberia os valores de shows realizados nos meses seguintes, mas posteriormente foi notificada que não teria direito a qualquer quantia, exceto um valor nominal de R$ 2.100,00, correspondente à sua participação na empresa.

O documento enviado à imprensa ressalta que houve uma clara tentativa de alteração das regras previamente estabelecidas. A defesa destaca que o contrato social da Paulera previa que, no caso de falecimento de um sócio, os herdeiros deveriam assumir a posição do falecido dentro da sociedade, algo que não foi respeitado pelos atuais membros da banda.

Além disso, a nota indica que, desde a morte de Canisso, a banda não efetuou nenhum pagamento aos seus herdeiros, apesar dos compromissos contratuais assumidos por todos os integrantes, que garantiam que os familiares continuariam recebendo sua parte em caso de falecimento.

A má-fé na alteração do acordo está sendo claramente evidenciada, com a defesa da viúva apontando que a situação é um reflexo da falta de respeito pela memória e pelos direitos de Canisso. A banda, que até recentemente contava com a participação do baixista, agora enfrenta essas sérias acusações enquanto busca seguir em frente na indústria musical.

A equipe da banda Raimundos foi contatada para comentar sobre as alegações, mas não houve retorno até o fechamento desta matéria. O espaço para um posicionamento segue aberto, demonstrando assim a transparência da situação.

Canisso, cujo nome verdadeiro era José Henrique Campos Pereira, faleceu após um infarto fulminante aos 50 anos. Seu legado na música brasileira e na história da banda Raimundos permanece vivo, mesmo em meio a estas conturbações legais e financeiras que envolvem sua herança.

Fonte: portalleodias.com

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