Uma transformação significativa se aproxima da pecuária brasileira: a rastreabilidade individual de todo o rebanho nacional. A obrigatoriedade, prevista para 2032, impõe um prazo de sete anos para que os pecuaristas se adaptem ao novo sistema. Essa mudança, que supera o modelo atual de rastreabilidade por lote, promete revolucionar a gestão das fazendas, impulsionando a modernização e transparência do setor.

A rastreabilidade individual adiciona uma camada extra de segurança e informação, permitindo aos pecuaristas qualificar o estoque, garantindo o rastreamento de cada animal desde o nascimento, com detalhes precisos sobre sua origem, manejo e histórico sanitário. Além disso, possibilita a construção de cadeias produtivas sustentáveis, comprovando que o gado provém de áreas livres de desmatamento, atendendo a demandas de mercados exigentes, como o da União Europeia. Essa rastreabilidade também abre caminho para incentivos, com frigoríficos podendo identificar toda a cadeia de produção e recompensar os produtores que se destacam em práticas de manejo e conservação.

A Guia de Trânsito Animal (GTA), utilizada na rastreabilidade por lote, apresenta limitações, especialmente em confinamentos onde animais de diferentes origens são misturados. A rastreabilidade individual surge como uma ferramenta de inclusão, dando visibilidade a pequenos produtores que, muitas vezes, não têm seu trabalho reconhecido.

Diante das crescentes exigências do mercado, a JBS, por meio de seus Escritórios Verdes, oferece suporte aos produtores nessa transição. Um dos escritórios, localizado em Minas Gerais, auxilia os produtores a resolver questões ambientais relacionadas ao Cadastro Ambiental Rural (CAR) e a embargos do Ibama. Técnicos especializados estão disponíveis para auxiliar na resolução de questões documentais.

Ferramentas como o Cowbot, um robô de WhatsApp, também estão disponíveis para facilitar o acesso a informações, permitindo que os produtores verifiquem a regularidade de suas fazendas e fornecedores de forma rápida. O estado do Pará tem se destacado na implementação da rastreabilidade individual, servindo como exemplo e mapeando os desafios futuros para outros estados. As regras incluem a dupla identificação (brinco visual e leitura de ) e uma numeração nacional única.