Governador defende APAEs no Paraná e critica nova política de inclusão
O governador Ratinho Junior criticou o novo decreto federal sobre educação especial, que pode restringir a escolha das famílias.
Nesta terça-feira (29), o governador Ratinho Junior (PSD) criticou o novo decreto do governo federal que institui a Política e a Rede Nacional de Educação Especial Inclusiva. A medida, publicada como Decreto nº 12.686/2025, gera preocupação entre educadores e famílias de pessoas com deficiência, que afirmam que a norma pode restringir o direito de escolha sobre onde matricular os filhos — em escolas regulares ou em instituições especializadas, como as APAEs.
Retrocesso na educação especial
Durante uma coletiva de imprensa, Ratinho Junior classificou o decreto como um retrocesso. “Corta o coração. A gente lamenta muito esse tipo de visão distorcida da educação especial”, afirmou. Ele destacou que o Paraná é o estado que mais investe nesse tipo de ensino no Brasil, destinando cerca de meio bilhão de reais por ano às escolas especiais.
Ampliação das APAEs
O governador ressaltou que o Estado tem ampliado a estrutura das APAEs e, pela primeira vez, está construindo unidades próprias em diversas cidades. “O Paraná nunca tinha construído escola para as APAEs e o nosso governo está construindo 20 escolas em várias regiões, com apoio da Assembleia Legislativa. É um modelo que deu certo e dá muito certo”, afirmou.
Defesa das APAEs
Ratinho Junior declarou que pretende defender a manutenção das APAEs e lutar para que o decreto federal não entre em vigor nos moldes atuais. “Esse decreto é lamentável, nos entristece, e nós vamos lutar em defesa das APAEs para que possam continuar fazendo o seu trabalho, que é muito bem feito”, concluiu.
Objetivos da medida federal
A medida do governo federal, segundo o Ministério da Educação, tem como objetivo reforçar a inclusão de alunos com deficiência na rede regular de ensino, assegurando o acesso e a permanência escolar com apoio especializado. Contudo, entidades e profissionais da área argumentam que o texto desconsidera a importância das escolas especiais e pode comprometer a autonomia das famílias na escolha da educação mais adequada para cada aluno.