Apesar da maioria no Legislativo, presidente Trump enfrenta resistências em pautas chave e política externa
Em 2025, o presidente Trump encara resistência crescente de republicanos no Congresso, especialmente em política externa e tarifas.
Resistência republicana a Trump no Congresso em 2025: um panorama atual
Em 30 de novembro de 2025, o presidente Donald Trump enfrenta uma crescente resistência de membros do Partido Republicano no Congresso americano. Apesar da maioria republicana tanto na Câmara quanto no Senado, vários legisladores do partido vêm se posicionando contra políticas e medidas do presidente, especialmente em temas relacionados à política externa, tarifas e procedimentos legislativos.
O fenômeno de resistência republicana a Trump tem chamado atenção pela diversidade de críticas e a disposição de alguns parlamentares de desafiar o próprio líder do partido. Este cenário marca uma significativa mudança em relação ao início do segundo mandato presidencial, quando o partido apresentava uma frente mais coesa para apoiar a agenda governamental.
Diversidade de discordâncias: política externa e tarifas sob foco
A política externa tem sido um dos principais pontos de divergência entre Trump e republicanos no Congresso. Enquanto a administração mantém apoio a Israel no contexto da guerra em Gaza, parlamentares como Marjorie Taylor Greene mostraram desconforto com essa posição, questionando a continuidade do suporte. Simultaneamente, figuras como Rand Paul criticam a ampliação das operações militares próximas à Venezuela, destacando preocupações com ações como ataques a embarcações suspeitas de tráfico de drogas.
Outro foco de tensão está relacionado às tarifas e à proposta de Trump de utilizar a receita gerada para distribuir dividendos aos americanos. Essa iniciativa despertou resistência dentro do próprio partido, evidenciando divergências sobre a condução da política econômica.
Procedimentos legislativos e desafios internos no Senado
Além dos temas de política externa e econômica, questões procedimentais no Senado, como o uso do filibuster e a política dos blue slips, também têm sido motivo de contestação por parte de legisladores republicanos. Alguns têm adotado uma postura firme contra certas iniciativas do presidente, indicando um posicionamento menos alinhado com o comando do partido.
Essa dinâmica reflete uma crescente fragmentação na base republicana, com diferentes grupos e facções adotando posturas variadas frente às decisões da administração Trump.
Cracks na unidade republicana: impacto das eleições e resignações
A divisão interna tem se manifestado também em atitudes políticas concretas, como a renúncia de figuras influentes. Marjorie Taylor Greene, conhecida por seu apoio inicial a Trump, optou por deixar o Congresso em vez de enfrentar uma disputa acirrada para a reeleição, demonstrando as dificuldades enfrentadas dentro do partido.
Outros membros, como Mitch McConnell, anunciam não buscar reeleição, enquanto senadores como Rand Paul mantêm uma postura crítica e mais independente. Essa situação coincide com pesquisas de opinião que indicam insatisfação entre republicanos com a direção da economia e do país, especialmente após os resultados eleitorais recentes, nos quais os democratas tiveram desempenho positivo em temas-chave.
Caminho futuro: desafios para a liderança de Trump no Partido Republicano
Após sete ou oito meses iniciais de aparente unidade, a liderança de Trump enfrenta agora um cenário de crescente ceticismo e questionamentos dentro do seu próprio partido. A resistência republicana a Trump no Congresso reflete uma realidade política complexa, onde diferentes agendas e interesses disputam espaço, e onde a coesão partidária mostra sinais de desgaste.
Essa fragmentação pode impactar diretamente a capacidade do presidente de avançar com sua agenda e moldar o futuro político do Partido Republicano nos próximos períodos.
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Reportagem produzida com base em investigação jornalística e entrevistas com analistas políticos em 30 de novembro de 2025.
Fonte: wtop.com
Fonte: WTOP