Rede sob suspeita de ligação com o PCC tem contratos com Presidência e Aeronáutica

A Rede Sol Fuel Distribuidora, empresa de combustíveis, está no centro de uma investigação conduzida pelo Ministério Público de São Paulo, Polícia Federal e Receita Federal, no âmbito da Operação Carbono Oculto. Valdemar de Bortoli Júnior, proprietário da distribuidora, é apontado como um dos alvos, sob suspeita de envolvimento com o PCC.

A empresa mantém contratos significativos com órgãos públicos, incluindo a Presidência da República, diversos ministérios, prefeituras e estatais. Os contratos da rede somam R$ 424 milhões. Dentre os acordos mais expressivos, destacam-se o da Presidência da República, avaliado em R$ 3,1 milhões; da Polícia Militar do Rio de Janeiro, no valor de R$ 148 milhões; e do Comando da Aeronáutica, com um montante de R$ 154 milhões.

As investigações apontam para “sólidos vínculos” entre o dono da rede e entidades e indivíduos envolvidos em fraudes e lavagem de capitais. Há também a suspeita de que a Rede Sol tenha sido vendida para o fundo Mabruk II, investigado por supostamente financiar aquisições do PCC, em uma transação de R$ 30 milhões. Valdemar de Bortoli Júnior nega as acusações.

Diversos postos de combustíveis estão sendo investigados, incluindo unidades em Curitiba e região metropolitana. Uma lista com os nomes e endereços de alguns desses postos foi divulgada.

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