Regulamentação de aplicativos: relator diz que projeto incluirá todos, exceto o OnlyFans

Câmara dos Deputados)

Deputado Augusto Coutinho propõe marco de proteção social para trabalhadores autônomos

Deputado propõe regulamentação para plataformas de intermediação, exceto OnlyFans.

O relator do projeto que regulamenta os aplicativos de transporte e entrega, deputado Augusto Coutinho (Republicanos-PE), anunciou que a proposta se estenderá a todas as plataformas de intermediação de serviços, como Rappi e Mercado Livre, mas fará uma exceção para o OnlyFans. A iniciativa busca criar um marco comum de proteção social para trabalhadores autônomos que atuam de forma contínua por meio desses aplicativos, conforme destacou Coutinho em tom bem-humorado.

Estrutura do projeto

O texto da regulamentação será estruturado em capítulos, começando pelos setores mais organizados, como transporte e entrega, e avançando para outros modelos de negócios. O critério de inclusão será o grau de interferência das empresas na definição dos preços e na rotina de trabalho dos autônomos. Coutinho enfatizou que se concentrará nas plataformas que têm controle da atividade e proporcionam trabalho diário aos usuários.

Propostas em discussão

Entre as propostas em discussão estão a criação de um seguro-acidente que será bancado pelas empresas e uma modalidade de previdência opcional. A intenção é que essa previdência esteja dentro da conta da Previdência, mas sem onerar os trabalhadores. Coutinho afirmou que está estudando alternativas para tornar essa modalidade viável e acessível aos autônomos.

Prazos e apoio político

Coutinho pretende apresentar e votar o relatório até o fim de novembro, contando com o apoio do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para levar o tema ao plenário ainda neste ano. O deputado planeja disponibilizar o texto em novembro e votar na comissão em novembro, visando a discussão em plenário até dezembro, caso tudo ocorra conforme o esperado.

O deputado também expressou a intenção de aproveitar elementos do projeto enviado pelo governo em 2024, que segundo ele, “foi contaminado” pelo ambiente eleitoral. Coutinho menciona que o projeto do governo continha muitas propostas válidas, e que o desafio será encontrar um meio-termo, especialmente em relação à cobrança proposta, que inclui um percentual de 30% ainda em discussão.

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