Relator do caso Zambelli mantém mandato em novo parecer apresentado

Igo Estrela/Metrópoles @igoestrela

Deputado Diego Garcia defende a permanência da parlamentar apesar das críticas

Diego Garcia apresenta novo parecer sobre a cassação da deputada, mantendo seu mandato.

No dia 10 de dezembro de 2025, o relator do caso Zambelli, deputado Diego Garcia, apresentou um novo parecer sobre a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Apesar das pressões, Garcia manteve a recomendação pela manutenção do mandato da parlamentar bolsonarista. A votação ocorrerá nesta quarta-feira e também estará presente na pauta do plenário.

Na semana anterior, Diego Garcia já havia demonstrado uma posição contrária à cassação de Zambelli, argumentando que não havia certeza de que ela teria ordenado o ataque ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Esse crime levou a deputada a ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão e à perda de seu mandato. De acordo com Garcia, o processo corre em sigilo, o que limita o acesso total aos autos.

Críticas e defesa do relator

Garcia, que é membro do partido Republicanos, disse que seu novo relatório foi elaborado em resposta a críticas da base governista. Adicionou pontos que foram levantados no mandato de segurança apresentado pelo líder do PT, Lindbergh Farias, e no voto separado do deputado Rubens Pereira Jr. (PT-MA). O relator enfatizou em sua defesa que “não há provas” concretas contra Zambelli, o que, na visão dele, deve levar o plenário a referendar seu parecer.

Ele destacou a importância de oferecer uma análise detalhada sobre as decisões tomadas, afirmando que, até o momento, apenas o depoimento de Walter Delgatti, considerado um “mentiroso compulsivo” por investigações da Polícia Federal, sustentou a condenação da deputada.

Questões em aberto e o futuro de Zambelli

O relator expressou suas dúvidas sobre as graves acusações, considerando que a ausência de provas concretas deve ser levada em conta no processo de votação. Ele acredita que a decisão do presidente Motta em levar o caso à CCJ é acertada e necessária para evitar que a Câmara tome uma decisão meramente declaratória. Garcia também enfatizou que trará à tona as evidências que atualmente permanecem em sigilo.

Em uma reviravolta, Carla Zambelli deixou o Brasil em maio, a poucos dias de uma decisão importante, e se dirigiu à Itália, país onde possui cidadania. No entanto, acabou presa e agora aguarda julgamento referente ao pedido de extradição feito pelo Brasil.

A votação na CCJ, marcada para esta quarta-feira (10/12), será um momento crucial para a definição do futuro político da deputada. O desdobramento deste caso é acompanhado com atenção tanto por integrantes da Câmara quanto pela opinião pública, que aguarda ansiosamente os desfechos da situação envolvendo Zambelli.

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