Análise aponta que secretário de Defesa pode ter comprometido operações militares ao usar aplicativo de mensagens
Inspetor geral aponta uso impróprio do Signal pelo secretário de Defesa, comprometendo a segurança militar.
Relatório do inspetor geral destaca riscos no uso do Signal por Hegseth
Em um exame abrangente sobre as práticas de comunicação do secretário de Defesa, Pete Hegseth, o inspetor geral do Pentágono levantou sérias preocupações sobre o uso do aplicativo de mensagens Signal. O documento, que será lançado na íntegra em breve, sugere que Hegseth pode ter comprometido a segurança de operações militares ao compartilhar informações sensíveis via um dispositivo pessoal.
As revelações surgem após uma série de reportagens que delineiam os eventos que ocorreram em março, quando o editor-chefe da revista The Atlantic, Jeffrey Goldberg, recebeu um convite para um chat no Signal que incluía figuras proeminentes da administração Trump, como Hegseth, o vice-presidente JD Vance e o secretário de Estado Marco Rubio. Durante essa conversa, Hegseth supostamente divulgou detalhes sobre uma próxima operação militar contra rebeldes Houthi no Iémen, o que levantou alarmes sobre a segurança das operações.
Implicações da comunicação via Signal
A revelação de que Hegseth transmitiu informações acerca dos horários e detalhes das operações militares suscita um debate sobre os protocolos de comunicação do governo. Especialistas em defesa e segurança nacional expressaram receios de que as informações poderiam facilmente ter sido interceptadas por adversários dos EUA, o que colocaria em risco a vida dos militares e a eficácia das operações.
O relatório do inspetor geral não se pronuncia sobre a natureza classificada das informações partilhadas, mas salienta que, como secretário de Defesa, Hegseth tinha a autoridade para desclassificá-las. A análise sugere que uma melhor formação em normas de segurança operacional é necessária para evitar incidentes semelhantes no futuro.
Reações à investigação
Em resposta ao relatório inicial, Sean Parnell, porta-voz do escritório de Hegseth, reafirmou que o uso do Signal não resultou em violações significativas, chamando a investigação de uma “exoneração total” para o secretário. Parnell descartou as alegações de que a segurança dos militares teria sido comprometida, argumentando que a execução bem-sucedida da operação, apelidada de Rough Rider, demonstra que não houve risco real.
Em contraste, críticos da administração, incluindo o líder democrata no Senado, Chuck Schumer, caracterizaram a situação como uma das mais graves violações de inteligência militar em anos. Há um apelo crescente por uma investigação mais profunda sobre os atos de Hegseth e suas implicações para a transparência do governo.
Conclusão e próximos passos
Enquanto o governo Trump continua a classificar a situação como uma “causa encerrada”, a agitação em torno do uso de plataformas de mensagens comerciais para comunicações oficiais permanece. A administração e os legisladores devem agora enfrentar os desafios de garantir que as normas de segurança sejam seguidas para proteger tanto as operações quanto a vida dos membros das forças armadas.
O caso serve como um alerta sobre a necessidade de rigorosas políticas de comunicação e a importância de seguir protocolos estabelecidos, especialmente em assuntos de segurança nacional.
Fonte: www.aljazeera.com
Fonte: Reuters]


