Reocupação de áreas dominadas por crime no Rio: um novo plano

Tânia Rêgo/Agência Brasil

Iniciativa busca restaurar controle do Estado em comunidades estratégicas.

O novo plano de reocupação no Rio visa combater o controle do crime organizado em áreas menos violentas.

Um novo horizonte para o controle territorial no Rio de Janeiro

O plano de reocupação de áreas dominadas por grupos criminosos no Rio de Janeiro surge em um contexto onde o controle do crime organizado se expandiu de forma alarmante. Com o objetivo de restaurar a ordem e o funcionamento do Estado, a iniciativa se concentra em comunidades menos violentas, buscando evitar conflitos armados e promover melhorias sociais.

Contexto histórico da violência no Rio

Nos últimos 20 anos, a presença de facções e milícias na região metropolitana do Rio aumentou significativamente, afetando a vida de milhões de moradores. Dados de estudos recentes indicam que 34,9% da população vive sob o domínio de grupos criminosos. Essa realidade gerou a necessidade urgente de uma estratégia focada na reocupação e na recuperação do controle estatal.

O plano de reocupação: áreas e objetivos

O plano, que foi determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em abril de 2025, visa interromper o monopólio da oferta de serviços básicos nos territórios dominados. As comunidades-alvo incluem Muzema, Rio das Pedras e Gardênia Azul, locais que, embora menos violentos, apresentam risco de expansão da influência criminosa. A escolha dessas áreas é estratégica, pois, segundo os documentos oficiais, elas oferecem maior chance de sucesso em um contexto de menor letalidade.

Estrutura e implementação do plano

O plano é estruturado em cinco eixos principais: segurança pública, desenvolvimento social, urbanismo e infraestrutura, desenvolvimento econômico e governança. As operações de reocupação contarão com o apoio das forças armadas e bases policiais que funcionarão 24 horas por dia. Além disso, a proposta inclui a formação de lideranças comunitárias para facilitar a comunicação entre a população e o governo.

Riscos e desafios

Apesar do caráter promissor, o plano não está isento de riscos. A possibilidade de reações armadas por parte de grupos criminosos e a falta de coordenação entre diferentes órgãos governamentais são preocupações legítimas. Experiências anteriores, como as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), servem como um alerta sobre a importância de uma implementação eficaz e sustentável das políticas públicas.

Conclusão: um passo em direção à mudança

A reocupação das áreas dominadas pelo crime no Rio de Janeiro representa uma tentativa de restaurar o controle do Estado e melhorar a qualidade de vida nas comunidades afetadas. Com um cronograma de implementação que se inicia no primeiro trimestre de 2026, o sucesso deste plano dependerá de sua execução e do compromisso em proporcionar melhorias tangíveis para a população local.

Fonte: jovempan.com.br

Fonte: Tânia Rêgo/Agência Brasil

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