Repercussão política após críticas de Alcolumbre à demora de Lula sobre indicação ao STF

VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

Senador Sergio Moro apoia presidente do Senado contra campanha que visa independência do Legislativo em nomeação ao Supremo

Sergio Moro apoia Davi Alcolumbre após críticas à demora do governo Lula em enviar indicação ao STF, gerando tensão entre Executivo e Senado.

Tensão entre Executivo e Legislativo por indicação ao STF gera reação de Sergio Moro

No dia 30 de novembro de 2025, o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) posicionou-se publicamente em apoio ao presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), após este criticar a demora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em enviar a indicação oficial ao Supremo Tribunal Federal (STF). A indicação em questão é do Advogado-Geral da União, Jorge Messias, que aguarda envio da mensagem presidencial para que o Senado possa iniciar a sabatina. Essa situação elevou o debate sobre a independência do Senado na análise das nomeações ao STF.

Critérios constitucionais para indicação e aprovação no Supremo Tribunal Federal

A discussão ganhou repercussão quando Alcolumbre divulgou uma nota pública afirmando que cabe ao presidente da República indicar nomes ao STF, e ao Senado a responsabilidade de aprová-los ou rejeitá-los, respeitando o equilíbrio entre os poderes. Sergio Moro reforçou essa visão, destacando que a campanha de desqualificação promovida por setores do Executivo contra o Senado poderia ameaçar a independência do Parlamento. Segundo ele, “ao presidente da República cabe indicar e ao Senado cabe aprovar ou rejeitar o nome indicado ao STF. Simples assim”.

Divergências políticas sobre o candidato ao STF e impactos na agenda do Senado

A indicação de Jorge Messias, anunciada em 20 de novembro, gerou descontentamento em setores do Senado, pois o presidente Davi Alcolumbre tinha outro candidato em mente, o ex-presidente da Casa Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A demora do Planalto em enviar oficialmente a mensagem para o Senado impede o início formal da sabatina, prevista para 10 de dezembro. A oposição à indicação e a falta de comunicação oficial foram pontos centrais das críticas de Alcolumbre.

Tentativas do Executivo de mitigar a crise política com o Parlamento

Após as críticas de Alcolumbre, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT-PR), manifestou-se para tentar amenizar a crise entre Executivo e Legislativo. Ela sugeriu que o clima político poderia ser apaziguado e que a relação entre os poderes é fundamental para o andamento institucional. Já o Planalto planeja encaminhar pessoalmente a mensagem ao presidente do Senado para formalizar o processo de indicação e permitir a continuidade da sabatina.

Próximos passos para a sabatina de Jorge Messias no Senado

A sabatina marcada para o dia 10 de dezembro depende do envio formal da mensagem de indicação pelo presidente Lula. Enquanto isso, as lideranças do Senado acompanham atentamente os desdobramentos da questão, que pode influenciar a composição do STF e a relação entre os poderes. A independência do Legislativo para aprovar ou rejeitar indicações permanece como ponto central do debate político atual.

Implicações políticas da demora e da disputa pela indicação ao STF

A controvérsia em torno da indicação de Jorge Messias evidencia a complexidade do processo de nomeação de ministros do Supremo Tribunal Federal no Brasil e o peso político envolvido. Essa situação destaca as tensões existentes entre o Executivo e o Legislativo, além de refletir as disputas internas entre grupos políticos diferentes, implicando também nas estratégias do governo para consolidar sua base no Congresso.

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