28 milhões de toneladas de resíduos inadequados no Brasil

DF Legal/Reprodução

Desafios e oportunidades na gestão de resíduos sólidos urbanos

Estudo revela que 28 milhões de toneladas de resíduos estão em destinações inadequadas no Brasil.

A realidade da gestão de resíduos sólidos urbanos no Brasil é preocupante. Um recente estudo revela que, em 2024, foram geradas 81,6 milhões de toneladas de resíduos, com 28 milhões de toneladas, ou 40,3%, sendo destinadas inadequadamente. Esses dados, apresentados pela Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (Abrema), destacam a urgência de uma mudança nas práticas de descarte e reciclagem no país.

O panorama atual da gestão de resíduos

O Brasil tem enfrentado desafios contínuos na gestão de resíduos, com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) estabelecendo metas que ainda não foram alcançadas. Em 2024, o país deveria ter eliminado aterros controlados e lixões, mas a realidade mostra que ainda existem aproximadamente 3 mil lixões em operação, colocando a saúde pública em risco.

Os dados indicam que, embora a coleta de resíduos tenha sido realizada principalmente por serviços públicos, apenas 8,7% dos resíduos foram reciclados. Isso revela uma dependência significativa do trabalho informal, com 64,8% do material reciclado sendo coletado por catadores autônomos.

O papel da reciclagem e suas limitações

A reciclagem, apesar de ter avançado ligeiramente, ainda enfrenta barreiras. O Brasil alcançou uma taxa de reciclagem de 8,7% para materiais secos, como plásticos e papéis. No entanto, essa taxa é muito menor quando comparada à reciclagem bioenergética, que chega a 11,7%. Isso sugere que o país possui um enorme potencial para aumentar a geração de energia a partir de resíduos, aproveitando melhor os recursos já disponíveis.

Oportunidades para o futuro

O relatório da Abrema sugere que cada aterro sanitário pode ser uma fonte de energia renovável, comparando-os a “poços de petróleo verdes”. Essa perspectiva abre espaço para a criação de políticas públicas que integrem catadores e promovam a reciclagem como um setor econômico viável.

Além disso, iniciativas como a logística reversa de latas de alumínio têm mostrado resultados positivos, com taxas de reciclagem que alcançam 97,3%. Esse modelo pode ser replicado em outros setores para aumentar a eficiência na gestão de resíduos.

Conclusão

As estatísticas apresentadas no Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil revelam uma situação crítica, mas também uma oportunidade para transformar a gestão de resíduos em uma solução sustentável e economicamente viável. O desafio é grande, mas com a colaboração entre governo, setor privado e sociedade civil, o Brasil pode avançar significativamente na destinação adequada e na reciclagem dos resíduos sólidos urbanos.

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