Reunião ministerial destaca cobranças e demissões no governo Lula

KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES @kebecfotografo

Presidente Lula exige mais empenho dos ministros e anuncia mudanças no ministério.

Na última reunião ministerial de 2025, Lula cobra ministros e anuncia demissões, preparando o governo para o ano eleitoral.

A pressão sobre o ministério

A reunião ministerial realizada por Luiz Inácio Lula da Silva no dia 17 de dezembro de 2025, na Granja do Torto, trouxe à tona a necessidade de uma mudança na abordagem dos ministros em relação à comunicação dos atos do governo. Com o ano eleitoral se aproximando, o presidente demonstrou preocupação com a falta de uma narrativa eficaz para apresentar as ações e resultados da gestão. Em tom firme, Lula convocou seus auxiliares a se posicionarem como integrantes do governo, e não como meros observadores.

A demissão de um ministro

Durante o encontro, Lula também anunciou a demissão de Celso Sabino do Ministério do Turismo, uma decisão que surgiu após a pressão do União Brasil, antigo partido do ministro. Sabino, que desobedeceu a ordem do partido de deixar o cargo, foi substituído por Gustavo Feliciano, o que representa um aceno do presidente a líderes do Legislativo, especialmente ao presidente da Câmara, Hugo Motta.

O futuro do governo e as eleições

Além das mudanças no ministério, Lula se dirigiu diretamente aos ministros que pretendem concorrer nas eleições de 2026, pedindo que se preparem para ganhar os cargos que almejam. Essa orientação reflete o desejo do presidente de ver seus aliados bem posicionados nas próximas eleições, enquanto tenta fortalecer a base do governo frente aos desafios políticos que se avizinham, principalmente em um cenário de polarização política.

Relações com o Congresso

Lula, que já enfrentou tensões com partidos do Centrão, como o União Brasil e o PP, fez um apelo por unidade e diálogo. Ele ressaltou a importância de manter boas relações com o Congresso e se mostrou disposto a aparar arestas, reconhecendo o apoio que recebeu durante seus três anos de mandato. Essa postura conciliatória é vista como essencial para garantir a governabilidade em um ano de eleições.

Desafios para a segurança pública

Outro ponto abordado foi a criação do Ministério da Segurança Pública, que Lula pretende implementar assim que o Congresso aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) sobre o tema. O presidente enfatizou a necessidade de recursos financeiros para viabilizar a nova estrutura, afirmando que a segurança pública deve ser uma prioridade nas discussões políticas do próximo ano.

Perspectivas internacionais

No âmbito internacional, Lula expressou a disposição do Brasil em auxiliar nas negociações de paz entre os Estados Unidos e a Venezuela, destacando o papel do país como mediador. Ele também pressionou pela assinatura do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, alertando que, se não houver progresso nas negociações, o Brasil não retomará as discussões enquanto ele estiver na presidência.

A reunião ministerial foi, portanto, um marco no fechamento do ano, com Lula cobrando resultados e preparando seus ministros para os desafios que virão em 2026.

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