Entenda as implicações da operação que atingiu o Grupo Refit e seu proprietário Ricardo Magro
Ricardo Magro, empresário do Grupo Refit, é alvo de uma megaoperação por sonegação fiscal e fraudes bilionárias.
Ricardo Magro e sua trajetória no Grupo Refit
Ricardo Andrade Magro, empresário e ex-advogado, é o responsável pelo Grupo Refit, que também é conhecido como Refinaria de Manguinhos. Recentemente, o grupo foi alvo de uma megaoperação conduzida pela Polícia Civil de São Paulo, Receita Federal e Ministério Público, que ocorreu nesta quinta-feira, 27. Esta operação se dá em meio a graves acusações de sonegação fiscal, com o grupo sendo apontado como o maior devedor de ICMS do estado de São Paulo.
Acusações de sonegação fiscal e fraudes
As autoridades estimam que o Grupo Refit tenha sonegado cerca de R$ 26 bilhões em impostos. A ação da polícia foi tão contundente que os agentes utilizaram uma marreta para arrombar a porta da empresa, além de realizarem buscas em endereços relacionados à família de Magro. No entanto, o empresário não se encontra no Brasil no momento da operação.
Investigações em andamento
A Refinaria de Manguinhos começou a ser investigada após a deflagração da Operação Carbono Oculto, em agosto deste ano. As investigações buscam apurar se o combustível produzido pela Refit estaria abastecendo redes de postos de gasolina que são controladas pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). Em uma ação anterior, a Receita Federal já havia apreendido dois navios com carga destinada à refinaria.
A história de Ricardo Magro
Ricardo Magro ganhou notoriedade em 2008, quando adquiriu a Refinaria de Manguinhos, que na época estava em recuperação judicial e enfrentava processos de cobrança de impostos. Ele rebatizou a refinaria como Refit e desde então sua gestão tem sido marcada por polêmicas e acusações de evasão fiscal. Além disso, Magro já foi advogado do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e suas ligações com figuras políticas têm gerado controvérsias em sua trajetória.
Denúncias recorrentes e problemas legais
Não é novidade que o nome de Magro esteja associado a acusações de sonegação fiscal. Ele também foi mencionado em denúncias de compra de decisões judiciais na Justiça paulista e se encontra na lista de brasileiros que possuem offshores em paraísos fiscais. Em 2016, Magro foi preso por suspeita de lesar o fundo de pensão Postalis e já enfrentou investigações da Polícia Federal.
Implicações da operação para o setor
A megaoperação que mira o Grupo Refit reflete um esforço das autoridades para combater fraudes bilionárias no setor de combustíveis. Com a identificação de possíveis conexões com o crime organizado, as investigações podem resultar em desdobramentos significativos para o mercado. A continuidade das apurações será crucial para entender a magnitude das fraudes e as implicações legais para os envolvidos.
A operação é um exemplo claro de como as autoridades estão se mobilizando para lidar com a corrupção e a evasão fiscal no Brasil, especialmente em setores tão vitais quanto o de combustíveis. O futuro do Grupo Refit e de seus gestores permanece incerto, à medida que as investigações se desenrolam.
Fonte: www.moneytimes.com.br
Fonte: Refit Manguinhos