Ricardo Salles depõe no STF sobre contrabando florestal em 2025

Reprodução/EPTV

Ex-ministro do Meio Ambiente é ouvido em inquérito sobre supostos crimes ambientais

Ricardo Salles é interrogado no STF nesta terça-feira sobre contrabando florestal de seu período como ministro.

Ricardo Salles depõe no STF sobre contrabando florestal

Ricardo Salles depõe no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (9/12), em um caso que investiga um suposto contrabando de produtos florestais. O ex-ministro do Meio Ambiente comparecerá ao interrogatório, que será realizado por videoconferência e presidido pela juíza Luciana Yuki Fugishita Sorrentino. Este evento marca um ponto crucial nas investigações que envolvem sua gestão no governo de Jair Bolsonaro.

Salles não estará sozinho durante os interrogatórios. Outros cinco réus também serão ouvidos, incluindo figuras proeminentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), como Eduardo Bim, ex-presidente do órgão. Os réus foram nomeados em um processo que envolve um total de 22 pessoas acusadas de crimes diversos, como corrupção passiva e organização criminosa.

Contexto do caso

A acusação contra Ricardo Salles começou a ganhar corpo em maio de 2020, quando uma reunião ministerial revelou declarações que colocavam em xeque a proteção ambiental durante sua gestão. Naquela ocasião, Salles mencionou que era o momento certo para avançar com reformas que pudessem resultar em uma desregulamentação amplamente criticada por ambientalistas. A expressão “passar a boiada” utilizada por ele virou um símbolo da intenção de desmantelar normas ambientais em meio à distração da imprensa sobre a Covid-19.

O papel da Polícia Federal

As investigações, que tiveram início em maio de 2021 com a Operação Akuanduba, se concentraram em analisar a suposta coordenação de atividades ilegais por parte de servidores indicados por Salles para cargos no Ministério do Meio Ambiente. A Procuradoria-Geral da República (PGR) levantou indícios de que esses servidores facilitaram a atuação de empresas madeireiras em desacordo com a legislação ambiental.

Interrogatórios e acusações

Os interrogatórios iniciados no STF serão cruciais para entender a extensão das acusações e a possível responsabilidade dos réus. Além de Ricardo Salles e Eduardo Bim, outros servidores do Ibama e uma equipe ligada ao Ministério do Meio Ambiente também estão implicados. Os próximos dias reservam mais depoimentos e revelações que podem impactar consideravelmente o cenário político e ambiental do Brasil.

O que está em jogo

O depoimento de Salles não apenas reitera a relevância das investigações sobre corrupção e contrabando florestal, mas também o futuro da legislação ambiental no país. Diante das atuais questões políticas e sociais, o desfecho deste caso poderá determinar novos rumos para a proteção ambiental e a credibilidade das instituições envolvidas no monitoramento e controle das atividades madeireiras e de uso do solo no Brasil.

Esse acontecimento é uma continuação de um longo processo judicial que envolve diversos atores e que promete desdobramentos importantes para o futuro do meio ambiente e da política nacional.

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