A polêmica proposta de criar o “Dia da Cegonha Reborn” no calendário oficial do Rio de Janeiro foi definitivamente barrada. Após ser vetada pelo prefeito Eduardo Paes no início de julho, a Câmara de Vereadores confirmou a decisão, pondo fim à tramitação do projeto de lei. A iniciativa, que buscava homenagear artesãs de bebês reborn, não obteve o apoio necessário para derrubar o veto do Executivo.

A votação na Câmara revelou um cenário dividido: 14 vereadores votaram pela manutenção do veto, enquanto 21 se manifestaram contra. Para que o projeto fosse aprovado, eram necessários 26 votos, o que não se concretizou. Assim, a proposta do vereador Vitor Hugo (MDB) não avançará, frustrando os defensores da homenagem às artistas que criam as bonecas hiper-realistas.

Vitor Hugo, autor do projeto, defendia que a data comemorativa reconheceria o impacto positivo das bebês reborn na saúde mental de pessoas que enfrentam traumas. Segundo ele, as bonecas são confeccionadas artesanalmente por “cegonhas”, artesãs que utilizam técnicas para simular traços reais de vida. O texto do projeto ressaltava que o trabalho das artesãs muitas vezes se baseia na idealização de um bebê recém-nascido ou na fotografia de um filho.

O prefeito Eduardo Paes já havia se manifestado publicamente contra a proposta. Ao vetar o projeto, Paes chegou a postar uma foto do trâmite nas redes sociais, comentando: “Com todo respeito aos interessados mas não dá.” A declaração demonstrava a sua posição contrária à criação do “Dia da Cegonha Reborn”, que agora está definitivamente descartada.