Riscos da PEC da Blindagem para a política brasileira

Análise sobre a proposta que pode beneficiar facções criminosas

A PEC da Blindagem, aprovada na Câmara, gera preocupações no STF sobre o fortalecimento de facções criminosas na política.

A aprovação da PEC da Blindagem pela Câmara dos Deputados gera preocupações significativas no STF, que alerta para os riscos de facções criminosas, como o PCC e o CV, ampliando sua influência na política. A proposta, que visa proteger parlamentares com foro privilegiado, pode permitir que atividades ilícitas sejam blindadas da Justiça.

O impacto da PEC na política

Ministros do STF expressaram sua inquietação com a possibilidade de que a blindagem oferecida pela PEC permita que criminosos eleitos utilizem suas posições para fortalecer suas organizações. Recentemente, o caso de TH Joias no Rio de Janeiro exemplifica os riscos, onde uma quadrilha tentou aumentar sua influência política nomeando policiais ligados à facção para cargos na Assembleia Legislativa.

Votação e apoio político

A PEC foi aprovada com 353 votos a favor e 134 contrários, com o PL e o Centrão demonstrando forte apoio. Entretanto, a oposição, representada por partidos como PSOL e PCdoB, votou contra. Destaques ainda estão sendo analisados, incluindo tentativas de manter o voto secreto em deliberações sobre processos contra parlamentares.

Próximos passos no Senado

A proposta agora segue para o Senado, onde precisará da aprovação da CCJ antes de ser votada em plenário. O presidente da CCJ, Otto Alencar, já se manifestou contra a proposta, indicando que a PEC “não passa de jeito nenhum” na Casa. O futuro político da proposta ainda é incerto, mas os riscos associados à sua aprovação são severos.

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