Deputado nega qualquer relação que não seja institucional com TH Joias

Rodrigo Bacellar nega vínculos com TH Joias e fala sobre prisão na Alerj.

Rodrigo Bacellar e TH Joias

Em um depoimento recente à Polícia Federal, Rodrigo Bacellar, presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), afirmou que não possui nenhuma relação anterior ou íntima com o deputado estadual TH Joias, que atualmente enfrenta sérias acusações.

Bacellar, que foi preso preventivamente no dia 3 de dezembro, é investigado por supostamente ter vazado informações sigilosas relacionadas à Operação Zargun, uma ação que visa desmantelar a cúpula do Comando Vermelho (CV), organização criminosa pela qual TH Joias é acusado de atuar como representante dentro da Alerj.

Relação apenas institucional

Em seu depoimento, Bacellar declarou: “Conheci o deputado TH Joias quando ele tomou posse. Nunca o tinha visto na vida”. Segundo ele, a única interação com TH ocorreu após a posse deste, e a relação se estabeleceu de maneira natural, uma vez que como presidente da Alerj, ele tem o dever de atender a todos os deputados indistintamente.

Essa versão foi apresentada em um momento crítico, considerando que TH Joias já foi preso em setembro, acusado de diversas atividades delituosas, incluindo lavagem de dinheiro e comércio de armas para o Comando Vermelho. A operação da PF resultou na apreensão de evidências que implicam Joias em atividades ilícitas dentro da Alerj.

Vídeo compromete Bacellar

Além das declarações de Bacellar, um vídeo que foi obtido no qual TH Joias expressa preocupação em relação ao que deveria retirar de sua residência antes da operação da PF, levanta questões sobre o grau de proximidade entre os dois. O vídeo foi supostamente destinado a Bacellar, o que pode complicar ainda mais a situação do deputado.

Consequências legais

No entanto, a situação de Bacellar se torna ainda mais delicada, já que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Alerj se prepara para votar, no dia 8 de dezembro, uma decisão que envolve a sua prisão, expedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. A votação não apenas afetará a sua carreira política, mas também poderá ter repercussões séria dentro da Alerj e do cenário político do Rio de Janeiro.

Implicações políticas

As acusações contra Bacellar, especialmente no contexto de uma possível associação com o Comando Vermelho, são graves e podem minar a confiança pública em sua liderança. Os desdobramentos deste caso serão observados de perto, tanto pela população quanto pelas autoridades e pela imprensa. A pressão sobre Bacellar aumenta à medida que novas informações surgem e novos depoimentos são tomados.

Em um cenário de crescente desconfiança e necessidade de transparência, os próximos dias serão cruciais para determinar não apenas o futuro político de Rodrigo Bacellar, mas também para entender o impacto mais amplo deste escândalo na política fluminense.