Deputado do União Brasil-RJ solicita afastamento temporário após soltura
Rodrigo Bacellar, após deixar a prisão, se licencia do mandato na Alerj por 10 dias.
Rodrigo Bacellar se licencia do mandato após deixar prisão
Um dia após a sua liberação da prisão, Rodrigo Bacellar, deputado estadual do União Brasil-RJ, decidiu se afastar do seu mandato na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). O pedido de licença foi protocolado no dia 10 de dezembro, marcando o primeiro dia de sessões na Alerj desde sua soltura, ocorrida na noite anterior, quando o ministro do STF, Alexandre de Moraes, determinou sua liberação.
Pedido de licença e sua duração
No ofício enviado à casa legislativa, Bacellar solicita um afastamento de 10 dias, ou seja, de 10 a 19 de dezembro. Apesar de ter o direito de se ausentar por até 120 dias, a medida não acarreta mudanças na atual administração da Alerj, que continua sob comando interino do vice-presidente, Guilherme Delaroli (PL-RJ). A presidência só seria afetada em caso de renúncia do deputado, uma possibilidade que não foi discutida até o momento.
Contexto da prisão e suspeitas
Rodrigo Bacellar ficou uma semana sob prisão preventiva devido à Operação Unha e Carne. A Polícia Federal acusou-o de vazamento de informações sigilosas que poderiam beneficiar o ex-deputado TH Joias, preso em setembro por supostas ligações com o crime organizado. A prisão foi decretada por Moraes, que também havia imposto a Bacellar medidas cautelares, incluindo seu afastamento da presidência da Alerj.
Mudanças de medidas cautelares
Após a Alerj aprovar, na segunda-feira, a revogação da prisão preventiva, Bacellar foi liberado, mas teve que passar a noite com tornozeleira eletrônica. Moraes estabeleceu medidas como o recolhimento noturno, proibição de contato com outros investigados e entrega de passaportes. A prisão preventiva havia sido considerada necessária devido aos fortes indícios de envolvimento do deputado em atividades de organização criminosa.
Acusações e investigações
Os documentos da PF indicam que Bacellar teria orientado TH Joias sobre o vazamento de informações, interferindo nas investigações. Durante a operação, agentes realizaram buscas em diversos endereços relacionados ao deputado, apreendendo dinheiro em espécie e dispositivos móveis. A operação, que investiga um esquema de corrupção, revela a ligação entre o Comando Vermelho e figuras políticas no Rio de Janeiro, incluindo Bacellar.
Vigilância e repercussão
A decisão do ministro Moraes também evidenciou preocupações sobre a infiltração do crime organizado no meio político. A Alerj segue acompanhando a situação, enquanto Bacellar, agora licenciado, enfrenta as consequências de suas ações e as investigações em andamento. A defesa do deputado nega as irregularidades e reivindica a legalidade de suas ações.
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