Sistema de vigilância utilizava senhas simples, como 'Louvre'
Roubo de joias no Louvre expõe vulnerabilidades no sistema de segurança, que utilizava senhas simples como 'Louvre'.
Em Paris, no dia 4 de novembro de 2025, o Museu do Louvre foi alvo de um roubo de joias avaliadas em US$ 102 milhões, ocorrido em 19 de outubro. Documentos de auditorias revelaram que o sistema de segurança do museu utilizava senhas extremamente simples, incluindo a senha “Louvre”, para acessar o sistema de vigilância por vídeo. A descoberta das falhas ocorreu após a divulgação dos relatórios, que indicaram a existência de problemas estruturais e a utilização de softwares desatualizados.
Falhas de segurança descobertas
Os documentos mostram que o sistema do museu operava com senhas fracas e softwares sem manutenção, o que levantou preocupações sobre a segurança das coleções. Segundo a ministra da Cultura, Rachida Dati, o governo francês inicialmente negou as vulnerabilidades, mas agora reconhece as falhas. As auditorias apontaram que os problemas se arrastam há pelo menos uma década, com oito programas essenciais sem atualizações. A empresa Thales, desenvolvedora de um dos sistemas críticos, afirmou que não mantinha contrato ativo com o Louvre e que o software utilizado estava obsoleto desde 2015.
O roubo em detalhes
O assalto ocorreu em plena luz do dia, quando dois homens invadiram o museu, escalando até o segundo andar e arrombando vitrines em menos de sete minutos. Inicialmente, quatro suspeitos foram detidos, todos considerados amadores e com ligações à região de Seine-Saint-Denis. A promotoria de Paris continua investigando se houve facilitação interna que contribuiu para o roubo.
Investigação em andamento
As investigações seguem para verificar se houve conivência interna no roubo, que expôs as vulnerabilidades do sistema de segurança do Louvre. Especialistas em cibersegurança afirmam que as brechas poderiam ter sido exploradas remotamente, levando a uma maior preocupação sobre a proteção do acervo do museu. O caso está atraindo atenção significativa, tanto em termos de segurança patrimonial quanto de gestão pública.
