Roubo no Louvre indica uma escalada preocupante na segurança cultural

A ação de ladrões no museu revela novas estratégias de roubo de artefatos valiosos

O roubo no Louvre expõe falhas de segurança em instituições culturais e a mudança nas estratégias de ladrões.

O Museu do Louvre já estava aberto há 30 minutos e havia recebido centenas de visitantes quando ladrões vestindo coletes amarelos realizaram um assalto audacioso. Eles subiram por uma escada montada em um caminhão até a sacada do segundo andar da Galeria Apollo e, em apenas quatro minutos, usaram uma serra elétrica para forçar uma janela e levar nove peças valiosas, avaliadas em R$ 550 milhões.

A nova estratégia dos ladrões

Esse incidente reflete uma mudança nas táticas de roubo, onde criminosos agora visam artefatos desmontáveis que podem ser derretidos ou vendidos rapidamente. Remigiusz Plath, secretário do Conselho Internacional de Segurança de Museus, explicou que houve um afastamento do roubo de obras de arte por seu valor cultural, com foco maior em joias e metais preciosos, que têm maior liquidez no mercado.

Comparações com outros roubos notórios

O roubo do Louvre lembra outros casos famosos, como o assalto ao Museu Isabella Stewart Gardner em Boston e o roubo da Abóbada Verde em Dresden. A sofisticação do plano no Louvre foi comparada a um “terrorismo cultural, executado com precisão militar”, destacando a vulnerabilidade dos museus em relação a instituições mais protegidas, como bancos.

Conclusões sobre a segurança em museus

As autoridades estão preocupadas com a possibilidade de uma onda de roubos semelhantes, especialmente após ataques recentes a outros museus em Paris. A senadora Natalie Goulet sugeriu que o crime pode estar ligado a organizações criminosas. O Ministro da Justiça francês, Gérald Darmanin, destacou as falhas de segurança do Louvre, questionando a proteção das janelas e a presença de um elevador de carga em uma via pública. Especialistas alertam que a crescente ousadia dos ladrões pode resultar em novos ataques no futuro, refletindo uma inquietação sobre a segurança cultural na França.

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