Saldo positivo de US$ 2,3 bilhões na balança comercial de novembro

Brasil apresenta superávit nas duas primeiras semanas do mês, com crescimento nas exportações para China e Argentina.

Brasil acumula superávit de US$ 2,3 bilhões na balança comercial nas duas primeiras semanas de novembro de 2025.

Superávit na balança comercial de novembro

O Brasil começou o mês de novembro com um superávit na balança comercial de US$ 2,3 bilhões, conforme os dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDic) nesta segunda-feira (17/11). O saldo positivo foi alcançado nas duas primeiras semanas do mês, onde o país exportou US$ 14,3 bilhões e importou US$ 12 bilhões.

Desempenho nas duas primeiras semanas

Na segunda semana de novembro, o Brasil apresentou um saldo positivo de US$ 0,5 bilhão, com exportações que totalizaram US$ 6,5 bilhões e importações de US$ 6 bilhões. Isso resultou em uma corrente de comércio de US$ 12,5 bilhões. O desempenho geral do ano até agora também é favorável, com superávit acumulado de US$ 54,677 bilhões, considerando exportações de US$ 304,049 bilhões e importações de US$ 249,373 bilhões.

Comparativo com 2024

Analisando o desempenho das duas primeiras semanas de novembro de 2025 em comparação com o mesmo período do ano anterior, houve uma queda de 2,3% nas exportações. Em contrapartida, as importações apresentaram um aumento de 8,3%. O ministério destacou que, em termos setoriais, a agropecuária registrou um crescimento de 34,3% nas vendas, enquanto a indústria extrativa e a indústria de transformação mostraram quedas significativas.

Exportações para China e Argentina

O aumento das exportações do Brasil para a China e Argentina foi um dos destaques do período. Com as tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, houve um crescimento conjunto de US$ 6,5 bilhões nas vendas para esses países entre agosto e outubro. Para a China, o crescimento foi de 25,7%, e para a Argentina, 22%. Os principais produtos exportados incluem soja, carne bovina, petróleo e minério de ferro para a China, enquanto para a Argentina, os produtos incluem automóveis e energia.

Queda nas exportações para os EUA

Por outro lado, as exportações do Brasil para os Estados Unidos caíram 37,9% em outubro, em parte devido às tarifas impostas pelo governo norte-americano. As alíquotas gerais para produtos brasileiros que entram nos EUA estão em 40%, após uma redução recente de uma taxa anterior de 50%. Esse cenário levou a um canal de negociação aberto entre EUA e Brasil desde setembro, buscando melhorar as relações comerciais.

Conclusão

O superávit na balança comercial do Brasil em novembro destaca a resiliência do país em um cenário econômico desafiador. A dinâmica das exportações, especialmente para China e Argentina, reflete mudanças significativas nas relações comerciais e a necessidade de adaptação às novas tarifas internacionais.

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