Santander (SANB11) apresenta lucro e ações sobem; é hora de investir?

Resultados do 3T25 superam expectativas, mas desafios permanecem

Após lucro de R$ 4 bilhões no 3T25, ações do Santander (SANB11) sobem mais de 3%, mas analistas apontam preocupações com a qualidade dos resultados.

Em São Paulo, no dia 7 de outubro de 2023, o Santander Brasil (SANB11) apresentou um lucro de R$ 4 bilhões no terceiro trimestre, superando as expectativas do mercado. Após um período desanimador, essa notícia animou os investidores, resultando em uma alta de 3,20% nas ações, que se estabilizaram com um incremento de 2% por volta das 11h. No acumulado do ano, a valorização das ações é de 27%.

Resultados e fatores positivos

Entre os fatores que contribuíram para o resultado positivo do banco estão a redução nas provisões, uma margem financeira com clientes (NII) em crescimento acima da carteira de crédito, e uma alíquota de imposto mais baixa, acompanhada de um aumento no volume de JCP (juros sobre capital próprio). Além disso, as receitas de serviços cresceram 6,7% em relação ao trimestre anterior, impulsionadas principalmente pelos setores de cartões e seguros, enquanto as despesas se mantiveram controladas, com aumento de apenas 0,2%.

Críticas e desafios

Apesar do bom desempenho, o JPMorgan expressou preocupações sobre a qualidade dos resultados, apontando que itens não recorrentes, como impostos, ajudaram a inflar os números. O resultado antes de impostos ficou 6% abaixo do esperado, em decorrência de uma queda de 1% na receita líquida de juros, afetada por um prejuízo significativo na receita líquida de juros de mercado. Mesmo assim, analistas destacam a retomada da expansão da carteira de empréstimos como um ponto positivo, com crescimento de 4% em relação ao ano anterior.

Expectativas futuras

A coletiva do CEO Mario Leão ressaltou a estratégia de crescimento sustentável, mesmo que em um ritmo mais lento. O banco registrou um ROE de 17%, refletindo uma alta de mais de 1 ponto percentual em relação ao trimestre anterior. Por outro lado, o Safra indicou que o crescimento da receita bruta pode ser baixo até 2026, preferindo que o Bradesco (BBDC4) enfrente melhor o cenário atual de cortes na taxa de juros. Mesmo assim, o JPMorgan reiterou a recomendação de compra, considerando o SANB11 como uma opção atrativa com um múltiplo de 6,3x o P/L para 2026.

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