Empresa reduz projeções de produção e investimentos após resultados financeiros negativos
São Martinho (SMTO3) teve queda de 5,9% no lucro líquido do 2º trimestre da safra 2025/26 e reduz projeções de produção.
Queda no lucro da São Martinho no 2º trimestre da safra 2025/26
A São Martinho (SMTO3) anunciou na noite desta segunda-feira (10) uma queda de 5,9% no lucro líquido do segundo trimestre da safra 2025/26, totalizando R$ 176 milhões. A empresa, reconhecida como uma das maiores produtoras de açúcar e etanol do Brasil, enfrentou desafios que impactaram seu desempenho financeiro.
Ebitda e margem ajustada em declínio
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado da São Martinho somou R$ 817 milhões nesse mesmo período, registrando uma queda de 13,4% em comparação ao mesmo trimestre do ano anterior. A margem Ebitda ajustada também caiu 1,2 ponto percentual, fixando-se em 47%. Essa redução reflete a pressão sobre os preços e volumes comercializados, afetando diretamente a rentabilidade da empresa.
Revisão das projeções de produção
No comunicado, a companhia revisou suas projeções, reduzindo seu guidance de processamento de cana para 22 milhões de toneladas, uma diminuição de 2,7% em relação à previsão anterior de 22,6 milhões. Essa alteração se deve, em parte, às condições climáticas adversas, especialmente a menor ocorrência de chuvas entre janeiro e maio de 2025, que prejudicou a produtividade do canavial e o Açúcar Total Recuperável (ATR).
Impacto nas operações e Capex
A empresa estima que o total de ATR produzido deve ser de 3 milhões de toneladas para o ano fiscal 12M26, uma queda de 4,2% em relação ao guidance de 23 de junho de 2025. Além disso, a São Martinho anunciou uma redução de 5,3% no Capex total para a safra, que agora é de R$ 2,8 bilhões. As principais reduções ocorreram nas linhas de Melhoria Operacional e Modernização/Expansão, com quedas de 16,1% e 6,8%, respectivamente.
Receita líquida e alavancagem financeira
A receita líquida da São Martinho atingiu R$ 1.739,7 milhões no 2T26, representando uma queda de 11,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, refletindo a diminuição de preços e volumes de açúcar e etanol comercializados. A alavancagem financeira, medida pela relação entre a dívida líquida e o Ebitda ajustado, subiu para 1,57x no 3T25, em comparação a 1,36x no encerramento do 2T25 e 1,35x um ano antes. Essa elevação indica um aumento na pressão financeira sobre a companhia, em meio a um cenário desafiador no setor.
Fonte: www.moneytimes.com.br
Fonte: São Martinho smto3 (1)