O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou por uma bateria de exames no Hospital DF Star, em Brasília, neste sábado (16/08), para investigar um quadro de febre, tosse e refluxo. Claudio Birolini, médico-chefe da equipe cirúrgica de Bolsonaro, expressou preocupação com o impacto da prisão domiciliar na saúde do ex-presidente, destacando restrições à atividade física e a pressão constante a que ele está submetido.

“O fato dele estar em casa prejudica um pouco a atividade física. Então, a gente está sugerindo a ele que intensifique exercícios. Vamos acompanhar o quadro clínico”, afirmou Birolini, ressaltando que a privação de liberdade prejudica Bolsonaro “em todos os aspectos”, incluindo a comunicação, atividade da qual o ex-presidente sente falta.

Os exames realizados no Hospital DF Star revelaram imagem residual de duas infecções pulmonares recentes, possivelmente ligadas a episódios de broncoaspiração. O boletim médico também apontou persistência de esofagite e gastrite, embora em menor intensidade, demandando tratamento medicamentoso contínuo. Bolsonaro deverá seguir com o tratamento para hipertensão e refluxo, além de adotar medidas preventivas para evitar broncoaspiração.

Bolsonaro está em prisão domiciliar desde o dia 4 de agosto, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, e esta foi a primeira vez que ele deixou sua residência para realizar exames médicos externos. Ele deixou o hospital após mais de quatro horas e retornou para sua casa no Condomínio Solar de Brasília, no Jardim Botânico, com monitoramento eletrônico no tornozelo.

Para realizar os exames, Bolsonaro obteve autorização do ministro Alexandre de Moraes. A Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF) acompanhou o deslocamento para garantir o cumprimento das medidas cautelares. Os exames incluíram análises de sangue e urina, endoscopia digestiva alta, tomografias, ecocardiograma e ultrassonografias.