Seca no Distrito Federal Acende Alerta para Doenças Respiratórias: Veja como se Proteger

O clima seco que se instalou no Distrito Federal, com o registro do dia mais seco do.

O clima seco que se instalou no Distrito Federal, com o registro do dia mais seco do ano em 5 de agosto pelo Inmet, tem gerado preocupação. A combinação de altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar cria um ambiente propício para o surgimento e agravamento de doenças respiratórias, especialmente as de origem alérgica e infecciosa. Diante desse cenário, especialistas alertam para a importância de medidas preventivas para mitigar os efeitos da seca no organismo.

O pneumologista Ricardo Martins, do Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB), explica que a baixa umidade favorece o acúmulo de poluentes e a formação de névoa seca, uma concentração de partículas nocivas suspensas no ar. “Viver em um ambiente de baixa concentração de água e de alta concentração de partículas poluentes tem múltiplos efeitos negativos no corpo humano”, ressalta o médico, enfatizando os riscos para a saúde.

A falta de umidade afeta diretamente as mucosas do sistema respiratório, responsáveis por filtrar o ar. Segundo a alergista Brianna Nicoletti, do Hospital Israelita Albert Einstein, quando ressecadas e inflamadas, essas mucosas perdem sua eficiência, tornando o organismo mais vulnerável à penetração de poeira, poluentes e microrganismos. “Isso faz com que a mucosa nasal e brônquica fique mais vulnerável, aumentando a penetração de poeira, poluentes e microrganismos no corpo”, adverte a especialista.

Entre os sintomas mais comuns causados pelo clima seco estão o ressecamento e irritação nasal, sangramento nasal, tosse seca, dificuldade para respirar, irritação nos olhos, coceira na pele, dores de cabeça e sensação de cansaço. Para minimizar esses efeitos, os médicos recomendam a umidificação de ambientes, aumento da ingestão de líquidos, uso de soro fisiológico nas narinas e hidratação da pele.

Além disso, é importante evitar exercícios físicos nos horários de maior calor (entre 9h e 17h) e manter o ar-condicionado em temperaturas amenas (acima de 22 ºC). A limpeza regular de ambientes, especialmente cortinas, tapetes e roupas de cama, também contribui para reduzir a exposição a alérgenos. Em casos específicos, o acompanhamento médico para uso preventivo de antialérgicos ou corticoides nasais pode ser necessário.

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