Mesmo diante da Selic elevada e desafios econômicos, o grupo espera crescimento de 15% e destaca expansão da rede Q Óculos
O grupo SMZTO deve fechar 2025 com vendas superiores a R$ 10 bilhões, apesar da Selic em 15%, e projeta crescimento de 15% em 2026.
Grupo SMZTO deve fechar 2025 com vendas superiores a R$ 10 bilhões, apesar da Selic elevada
José Carlos Semenzato, líder do grupo SMZTO, anunciou que o conglomerado deve finalizar o ano de 2025 com um marco inédito: vendas que ultrapassam os R$ 10 bilhões na ponta, resultado do sell-out das cerca de 5 mil franquias que compõem o ecossistema da holding. Este feito é especialmente expressivo considerando o ambiente econômico adverso, com a taxa Selic em 15% ao ano, crédito caro e a concorrência direta da renda fixa pelo capital do pequeno e médio investidor, tradicionalmente voltado para o franchising.
Desafios econômicos impactam crescimento do franchising em 2025 e influenciam projeções para 2026
O setor de franquias historicamente cresce na contramão da economia, apresentando expansão de dois dígitos mesmo em momentos adversos. No entanto, 2025 apresentou dificuldades, pois a Selic elevada remunerou bem aplicações financeiras, desestimulando novos franqueados a assumir riscos. Além disso, o crédito caro dificultou a expansão para quem já opera franquias consolidadas. Diante disso, o grupo deve crescer cerca de 15% em 2025, abaixo dos 20% a 30% anuais habituais, mas ainda um resultado robusto diante do cenário.
Semenzato destaca que somente negócios excepcionais conseguiram acelerar neste cenário. Para 2026, as expectativas são mais otimistas: a projetação é de uma queda gradual da taxa de juros, inflação próxima do centro da meta e estímulos extras devido ao ano eleitoral, com crescimento também estimado em 15% para o grupo.
Rede Q Óculos lidera expansão no portfólio com meta audaciosa para 2027
Entre as marcas do grupo, a rede de óticas Q Óculos surge como uma aposta significativa para crescimento futuro. Com aproximadamente 120 lojas em funcionamento e cerca de 30 a 40 unidades em implantação, a meta é alcançar 400 franquias até o fim de 2027, quase triplicando o tamanho atual.
A Q Óculos tem atuação em 17 estados, com maior presença no Sudeste, e busca democratizar o acesso a óculos e lentes de alta tecnologia para as classes média e média-baixa. A estratégia inclui a possível criação de marca própria para oferecer produtos com melhor custo-benefício, sem abrir mão da qualidade. A rede visa inaugurar 8 a 10 lojas por mês para atingir as metas de expansão.
Modelo de negócios da Q Óculos combina investimento acessível e alta rentabilidade para franqueados
O investimento inicial por loja varia entre R$ 200 mil e R$ 400 mil, com um exemplo típico de operação demandando cerca de R$ 250 mil de capital inicial e faturamento mensal médio de R$ 120 mil. A margem líquida projetada oscila entre 15% e 25%, resultando em lucro de aproximadamente R$ 24 mil por mês na maturidade da operação.
O payback estimado é entre 18 e 24 meses, considerando um período de ramp-up de quatro a seis meses até o ponto de equilíbrio. Comparativamente, o retorno financeiro da franquia supera em múltiplas vezes a renda fixa, fato que explica o interesse crescente dos franqueados em expandir com múltiplas unidades da Q Óculos.
Perspectivas futuras indicam crescimento consistente e fortalecimento do grupo SMZTO no franchising nacional
Semenzato acredita que o ambiente macroeconômico mais favorável permitirá ao SMZTO superar os 15% de crescimento previstos, possivelmente retomando patamares de 20% a 30% em prazos mais longos. A Q Óculos, junto a outras marcas do grupo, deve crescer acima da média, sustentada pela demanda reprimida no mercado óptico, investimento inicial acessível e modelo de democratização semelhante ao da Odonto Company.
O atingimento das vendas de R$ 10 bilhões em 2025 demonstra a escala e maturidade do grupo, confirmando que franquias bem estruturadas continuam a ser uma alternativa viável e rentável, mesmo diante da concorrência da renda fixa e das adversidades econômicas.
