Conversas buscam consenso sobre pontos polêmicos do PL que visa fortalecer a atuação da Polícia Federal
Alessandro Vieira inicia tratativas com Hugo Motta sobre o projeto Antifacção, que enfrenta polêmicas na Câmara.
Senador Alessandro Vieira inicia conversas sobre o projeto Antifacção
Na expectativa de que a Câmara dos Deputados finalize a votação do projeto Antifacção ainda nesta terça-feira (18/11), o relator no Senado, Alessandro Vieira (MDB), já iniciou diálogos com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Essas conversas são uma tentativa de buscar consenso em torno do texto, que tem gerado polêmicas nos últimos dias devido às diversas versões apresentadas.
Tratativas antes da oficialização como relator
As tratativas entre Vieira e Motta começaram antes mesmo de Vieira ser oficialmente escolhido como relator do projeto, uma escolha anunciada pelo presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (União Brasil). A proximidade de Vieira com o tema foi determinante para sua nomeação, e agora ele busca avançar nas discussões para garantir a aprovação do projeto.
Questões críticas em debate
Segundo Vieira, as conversas com Motta concentram-se em dois pontos críticos que envolvem a atuação da Polícia Federal: o financiamento e a autonomia da corporação. Versões anteriores do projeto, que foram relatadas na Câmara pelo secretário de segurança de São Paulo, Guilherme Derrite, estabeleciam que a PF deveria solicitar autorização aos governadores para realizar operações conjuntas. Essa proposta foi bastante criticada e gerou descontentamento entre os parlamentares.
Outro aspecto que gerou controvérsia refere-se à destinação de bens apreendidos em operações. A versão mais recente do texto, apresentada nesta terça-feira, ajustou esses pontos, assegurando recursos para a PF e mantendo a divisão dos bens apreendidos entre os fundos estaduais e a Polícia Federal. Em caso de operações conjuntas, a proposta prevê que os bens sejam igualmente divididos, destinando os objetos apreendidos ao Fundo Nacional de Segurança Pública.
Perspectivas para a votação
Apesar das alterações feitas no texto, as versões ainda não conseguiram alcançar um consenso entre governo e oposição. A expectativa dos governistas é que as divergências possam ser resolvidas no Senado. O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), alertou que, caso o projeto não chegue rapidamente ao Senado, pode haver um desgaste para a Câmara, especialmente por se tratar de uma demanda relevante para a sociedade.
O presidente da Câmara, Hugo Motta, é enfático em sua intenção de votar o projeto nesta terça-feira. O dia foi marcado por intensas conversas com líderes da Casa e governadores, demonstrando a urgência em solucionar as pendências em torno do PL Antifacção.
A análise em plenário teve início no final da tarde, e a expectativa é de que a questão seja resolvida ainda hoje, evitando novos desgastes gerados pela relatoria anterior de Derrite. O desfecho dessa votação pode influenciar significativamente a atuação da Polícia Federal e a segurança pública no Brasil.
Receba notícias de Brasil no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal de notícias do Metrópoles no WhatsApp. Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal de notícias no Telegram.