A crescente pressão sobre a postura de Trump em relação a Zelensky.
Senadores republicanos se unem a democratas para pressionar Trump em relação à Ucrânia.
A crescente pressão sobre a postura de Trump em relação à Ucrânia tem gerado um clima de tensão entre os senadores de ambos os partidos. Nos últimos dias, republicanos se uniram a democratas para emitir um alerta ao ex-presidente, que se prepara para uma reunião com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.
A união incomum entre partidos
Zelensky, que planeja visitar Trump em Mar-a-Lago, busca discutir um possível acordo de paz que encerre a guerra na Ucrânia, em um cenário onde as ações de Putin continuam a ser cada vez mais agressivas. Em resposta aos recentes ataques russos, senadores como Thom Tillis, Jerry Moran e John Barrasso se pronunciaram, enfatizando que as ações de Putin revelam sua verdadeira natureza como um “assassino implacável”.
Esse tipo de declaração não é comum no ambiente político, especialmente quando se trata de figuras que, até recentemente, apoiavam Trump. A mensagem conjunta foi uma tentativa de reforçar a ideia de que a paz não pode ser negociada com um líder que não demonstra interesse genuíno em cessar as hostilidades.
O impacto da influência de Trump
Nos últimos meses, a influência de Trump dentro do Partido Republicano parece ter diminuído. Suas taxas de aprovação caíram e os republicanos enfrentaram derrotas em várias eleições, o que sugere um cenário em que os democratas podem recuperar parte do controle do Congresso nas eleições de 2026. Essa mudança de poder poderia deixar Trump na posição de um presidente em fim de mandato, com suas políticas sendo questionadas por membros do próprio partido.
Além disso, os senadores que estão liderando essa crítica a Trump estão relativamente livres de pressão eleitoral imediata. Tillis pretende se aposentar em 2027, Moran tem a reeleição marcada para 2028 e Barrasso somente em 2030, o que lhes proporciona uma latitude maior para expressar suas opiniões sem medo de represálias eleitorais.
Críticas à postura de Trump
Críticos de Trump sempre alegaram que ele atua em benefício de Putin, mostrando uma hostilidade em relação à Ucrânia que contrasta com a postura mais solidária de outros líderes. Recentemente, Trump tentou relançar sua diplomacia para encerrar a guerra, mas suas propostas foram vistas como favoráveis a Putin, o que deixou Zelensky e seus aliados europeus perplexos.
Enquanto isso, Trump expressou descontentamento nas redes sociais, relatando que Zelensky não demonstrou gratidão por sua ajuda, o que gerou mais tensão na relação entre os dois líderes. Zelensky, por outro lado, tem buscado apoio de Trump, destacando a importância de discutir garantias de segurança para a Ucrânia em sua próxima reunião.
A situação permanece delicada, e muitos se perguntam se Trump conseguirá manter uma posição que equilibre suas aspirações políticas enquanto lida com as complexidades da guerra na Ucrânia.
Fonte: www.thedailybeast.com
Fonte: ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP via Getty Images